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A capital baiana possui um dos mais respeitados patrimônios artísticos, culturais e ambientais do Brasil e do mundo, sendo boa parte deles concentrada no bairro do Comércio, que é rodeado pela Baía de Todos-os-Santos. E com o intuito de aproveitar todo esse potencial, a Prefeitura, em parceria com a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), está desenvolvendo um projeto para implantação de uma matriz econômica digital na região.

A iniciativa foi tema de encontro realizado no Palácio Thomé de Souza, no Centro, na terça-feira (8), com as presenças do prefeito Bruno Reis, da vice-prefeita Ana Paula Matos, e do presidente da Fieb, Ricardo Alban. Também estiveram reunidos na ocasião o titular da Secretaria Municipal de Informação e Tecnologia (Semit), Samuel Araújo, o idealizador e gestor do projeto pela Prefeitura, Fábio Rosa, do presidente da Fecomércio, Luiz Gonzaga e do consultor do Município, Waldeck Ornelas.

Denominada de Salvador Digital, o projeto integra o Plano Diretor de Tecnologias da Cidade Inteligente (PDTCI) e prevê as implantações da Escola Digital, da Universidade Senai/Cimatec e do Centro Tecnológico, entre outras ações especificamente no Comércio. A iniciativa visa incentivar qualificação profissional e criação de um ecossistema amplo de negócios na área de tecnologia.

“O Salvador Digital contempla três missões: produzir mão de obra na área digital, reter talentos aqui – pois acabam indo para o eixo Rio/São Paulo -, e formar um ambiente propício para novos negócios”, explicou Fábio Rosa, que atualmente também é subsecretário de Cultura e Turismo (Secult).

Inspiração – O projeto da matriz digital soteropolitana teve como inspiração o porto digital de Recife e do Sapiens Parque de Florianópolis. Em Santa Catarina, o setor de tecnologia foi o que mais cresceu no país após a implantação do Sapiens, superando a movimentação econômica provocada pelo turismo.

Já o parque tecnológico instalado no centro histórico da capital pernambucana é responsável por movimentar anualmente R$2,3 bilhões para a economia local. Além de gerar emprego e renda, os benefícios lá também impactaram na restauração de 84 mil metros quadrados de imóveis antigos, valorizando o patrimônio existente. O Salvador Digital, portanto, traria impacto similar à região do Centro Antigo.

“Faremos um ambiente compartilhado entre poder público, iniciativa privada e academia (universidades) com o Cimatec – que é um dos maiores e mais respeitados centros tecnológicos do Brasil com respaldo internacional – liderando”, destacou Fábio.

A estimativa é que a Escola Digital, que é apontada como o carro-chefe do projeto, ofereça cursos técnicos, de extensão universitária e formação executiva. Deverão ser oferecidas atividades de formação de competências profissionais nas áreas de desenvolvimento de aplicativos, design, audiovisual, restauro, impressão 3D, modelagem, robótica e games, dentre outros.

Integração – A matriz econômica da área digital no Comércio também será integrada ao Centro de Inovação do Subúrbio, que deverá ser implantado em Plataforma. Este equipamento, por sua vez, vai fomentar o empreendedorismo e a tecnologia, gerando mais emprego para essa região da cidade.

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