Alguns servidores da Prefeitura de Salvador são alvos da operação batizada de “Operação Verde Limpo”. A ação cumpre cinco mandados de prisão, quatro de condução coercitiva e quatro de busca e apreensão, em Salvador, nesta quarta-feira (25). A operação é realizada por uma força-tarefa do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em conjunto com promotores de Justiça que atuam nas áreas de Meio Ambiente, Combate à Sonegação Fiscal e Defesa da Moralidade Administrativa, e tem o apoio da Polícia Civil.
Segundo o coordenador do Gaeco, promotor de Justiça Raimundo Moinhos, o Ministério Público (MP-BA) constatou que servidores do município desenvolveram um esquema de autuação ilegal em diversas empresas, como restaurantes, concessionárias de veículos e de motos, oficinas, padarias, empresas de construção civil e gráficas. Após identificarem a ausência de licenciamento ambiental, servidores lotados na extinta Diretoria Geral de Licenciamento e Fiscalização Ambiental (DGA), integrante da então Secretaria de Transporte e Urbanismo (Semut) – hoje incorporada pela Secretaria de Urbanismo de Salvador (Sucom) –, autuavam as empresas com o objetivo de depois exigirem a entrega de bens por “dações em pagamento”.
O esquema englobava ainda a indicação de empresas de consultoria ambiental pertencentes a empresários, igualmente investigados, que completavam o ciclo com pagamento de “comissões” ou “propinas” aos funcionários públicos. As investigações também apontaram a ocorrência de fraude nos licenciamentos ambientais. De acordo com Raimundo Moinhos, ficou caracterizada a atuação de organização criminosa que, com práticas fraudulentas, desestabilizava a Administração Ambiental do município.
Com informações do Bahia Notícias