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O Parque Marinho da Barra recebeu, na quinta-feira (18), duas das seis boias de sinalização náutica para demarcação do espaço, com intuito de alertar embarcações motorizadas, banhistas e a população em geral sobre os limites geográficos e os cuidados que se deve ter para a preservação do ambiente marinho local. Os primeiros equipamentos flutuantes foram colocados atrás do Forte Santa Maria, no mar da praia do Porto da Barra.

A estimativa é que todas as boias estejam instaladas no parque ainda neste final de semana. Na prática, elas farão a delimitação de uma área de 322.142 m² na Baía de Todos-os-Santos, entre os Fortes de Santo Antônio (Farol) e Santa Maria.

O geógrafo e membro do conselho gestor do parque, José Rodrigues de Souza, destaca que a intervenção dará maior visibilidade e segurança ao espaço marinho. “Apesar desse local estar na carta náutica e no próprio Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU-2016), grande parte da população e turistas que chega a Salvador ainda desconhece a existência dessa unidade de conservação ambiental”, afirma.

Para ele, a diversidade de vida marinha que existe no parque, como corais, esponjas, peixes, cavalos-marinhos e polvos também ficarão mais protegidos com os novos balizamentos. “A legislação proíbe que alguém colete materiais e ou realize pesca no parque, afinal de contas ali é patrimônio público”, explica.

Estrutura – As boias são amarelas e têm cerca de quatro metros de altura cada, sendo que um metro fica submerso. Uma lanterna de alcance de duas milhas náuticas, que equivale a 3,7 km, também será instalada em cada equipamento. Além disso, será adotada, para cada uma das seis unidades, uma poita (âncora de concreto) de 2.200 kg e correntes de aço de 25,4 mm de diâmetro, capazes de manter o sinalizador seguro e ancorado no mar a uma profundidade entre 5 a 16 metros.

A sinalização com boias náuticas mostra claramente que o Parque Marinho da Barra se trata de uma área restrita, inclusive no que tange à proibição de tráfego de barcos, lanchas, jet-skis, assim como o fundeio de embarcações para não causar impactos no ecossistema marinho local. Por outro lado, não há imposições quanto à prática de esportes como stand up paddle, surf, natação e outras atividades que não gerem prejuízos à fauna ou à flora subaquáticas.

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