O retorno das aulas presenciais em Salvador e na Bahia foi o tema da reunião entre representantes dos governos municipal e estadual e representantes do Judiciário baiano, realizada de modo virtual na quarta-feira (17). Estiveram presentes o prefeito da capital, Bruno Reis; o governador do estado, Rui Costa; o presidente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), Lourival Trindade; a chefe do Ministério Público Estadual (MP-BA), Norma Angélica; e o defensor Público Geral, Rafson Saraiva Ximenes; além de secretários das duas esferas de governo e demais autoridades.
Na ocasião, foram apresentados os três parâmetros, definidos em conjunto entre o Município e o Estado, para a volta das atividades em sala de aula: a diminuição do número de mortes, de casos ativos e de ocupação de leitos de UTI. Essa definição ocorreu ontem (16), na terceira reunião entre a Prefeitura e o governo estadual para tratar do assunto. Os representantes do Judiciário exaltaram a relevância das reuniões e as ações adotadas até aqui por ambas as esferas.
“Definimos os critérios para retomada da educação, mas para isso os índices de contaminação precisam ceder. Salvador talvez seja a cidade que sofre maior pressão entre os gestores baianos. Só teremos condições de retomar aulas quando os números da pandemia permitirem”, declarou Bruno Reis.
Preocupação – Na ocasião, também foram informados os índices preocupantes da pandemia neste momento, como o aumento do número de casos e a pressão no sistema de saúde, assim como as ações que estão sendo adotadas pelas duas esferas para reduzir a velocidade de transmissão. Somente nas últimas 24h, por exemplo, a capital baiana teve uma demanda de 97 pacientes regulados ou aguardando regulação nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). No auge da primeira onda, foram 64 pacientes nesta situação em um mesmo dia.
“O momento é de muita intranquilidade e, se não unificarmos o discurso, o mar fica mais turbulento. Estamos enfrentando o pior momento da pandemia. Colocamos de lado as questões políticas e priorizamos a vida das pessoas”, completou o chefe do Executivo de Salvador.