Facebook
Twitter
Google+
Follow by Email

Os monumentos presentes em diversos pontos da capital baiana ajudam a contar não apenas a história de personalidades e momentos célebres, mas são também referenciais da nossa cultura, a exemplo do Carnaval de Salvador. No entanto, com a folia cancelada devido à pandemia de Covid-19, as peças e locais ajudam a relembrar o reinado de Momo.

O busto conjunto de Dodô e Osmar, localizado na Praça Castro Alves, é um destes elementos. Feito em bronze e com 2,5 metros de altura, o monumento foi inaugurado em fevereiro de 1998. A obra, que retrata os inventores da guitarra baiana abraçados, é de autoria do escultor Herbert Viana de Magalhães. Na base da peça, o monumento ainda faz referência à Fobica, um veículo Ford Bigode 29 adaptado com alto-falantes que foi o primeiro trio elétrico que se tem registro, em 1950.

Liberdade – Localizado no Largo do Curuzu, na Liberdade, o busto de Apolônio Souza de Jesus Filho, o Popó, é outro elemento que nos remete à nossa cultura e ao legado deixado pelo primeiro presidente do bloco afro Ilê Aiyê, cuja sede – a Senzala do Barro Preto – está localizada próxima à obra. Instalado pela Prefeitura em novembro de 2020, a peça foi confeccionada em fibra de vidro, possui 1,7 metro de altura e tem autoria da artista plástica e professora Márcia Magno.

Popó idealizou movimentos de dança e música afro-brasileira em diversas periferias da cidade, a exemplo dos bairros de Santa Mônica, Fazenda Grande e São Caetano. A homenagem, através do busto, foi uma solicitação da comunidade do Curuzu à Prefeitura. Na base, possui uma placa descritiva que sintetiza a importância de Popó para a cultura soteropolitana.

Camaleão – A euforia dos foliões também pode surgir ao se aproximar do monumento da pata do Camaleão, que homenageia o bloco homônimo que coleciona mais de 40 carnavais na sua trajetória. A peça artística está situada na Praça Camaleão, inaugurada pela Prefeitura em 2019, na Avenida Adhemar de Barros, em Ondina. A via é um dos principais acessos ao Circuito Dodô (Barra/Ondina).

Referências geográficas – Além das peças artísticas ligadas especificamente às personalidades e elementos do Carnaval de Salvador, há outros monumentos que se tornaram referência geográfica da folia soteropolitana. Nas últimas três décadas, o Farol da Barra tem se tornado um dos mais emblemáticos pontos da história da festa na capital baiana.

Elemento que compõe o cenário de uma das praias consideradas mais bonitas do país, ele é sempre apreciado pelos foliões no início do trajeto atrás dos trios elétricos no Circuito Dodô (Barra/Ondina). Com nome oficial de Farol de Santo Antônio, é administrado pela Marinha do Brasil e está situado na primeira fortificação do país, que também leva o nome do santo e abriga o Museu Náutico da Bahia. Neste período de pandemia, o funcionamento do museu é de terça a domingo, das 10h às 18h, com ingressos a R$15 e R$7,50 (meia) para visitantes, e R$5 para moradores de Salvador.

Outro que também é referência no Circuito Dodô é o Morro do Cristo, conhecido assim por abrigar o Monumento ao Cristo Nosso Senhor, tombado em março de 2017 por meio da Lei de Preservação ao Patrimônio Cultural do Município (Lei 8.550/2014) e que foi requalificado pela Prefeitura. O local fica no trecho de transição entre os bairros da Barra e Ondina.

Quem também traz boas lembranças aos foliões, principalmente para aqueles que preferem o Circuito Osmar (Centro), é o Relógio de São Pedro. Presente desde 1916 na Praça Barão do Rio Branco, na Avenida Sete de Setembro, é um marco na história da festa, servindo de referência para as pessoas se encontrarem para curtir a passagem dos blocos ou após se perderem durante a folia. Utilizando fundição e pedra lavrada, o relógio foi feito por Henri Le Paute e a base pelo arquiteto Pasquale de Chirico.

Mas, talvez, o mais conhecido desses locais tem como elemento o Monumento a Castro Alves, situado na praça homônima que foi palco do famoso encontro de trios elétricos entre as décadas de 1970 e 1990. Inclusive, nomes como os cantores Caetano Veloso e Morais Moreira (1947-2020) eternizaram o clima de folia no local em canções como “Um Frevo Novo” e “Chão da Praça”.

A estátua faz referência ao poeta baiano, um dos principais nomes do Romantismo brasileiro, e foi entregue em 6 de julho de 1823, dois anos após a morte de Castro Alves. Já a praça foi recentemente revitalizada pela Prefeitura e deverá ganhar um anfiteatro em homenagem a Moraes Moreira, fruto da descoberta de parte das ruínas do Teatro São João durante as obras de requalificação do local.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

You may also like