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Marcell Moraes
Marcell Moraes

Representantes da mineradora Samarco admitiram nesta terça-feira, 17, que há risco de rompimento nas barragens de Santarém e Germano, localizadas perto da barragem que se rompeu no último dia 5 de novembro na cidade de Mariana, em Minas Gerais.

Para o presidente da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa da Bahia, deputado Marcell Moraes, o problema deve ser resolvido com agilidade pelas autoridades ambientais, antes que uma nova tragédia aconteça. “Não dá para aceitar que uma empresa que tem 55 milhões de metros cúbicos de rejeitos não tenha sequer um sistema de alerta para a população. A Samarco foi e está sendo omissa em todos os sentidos, e não posso admitir que as autoridades de fiscalização também sejam. A empresa diz que está fazendo tudo que está ao seu alcance para evitar novos rompimentos, mas com um lucro de 2,8 bilhões de reais por ano, acredito que dê pra fazer mais”, disse o parlamentar.

O desastre ambiental causado pelo rompimento da barragem do Fundão é incalculável. O “tsunami” de lama destruiu o distrito de Bento Rodrigues e varreu outros distritos da região central de Minas Gerais. A lama atingiu o Rio Doce, provocando a morte de peixes e prejudicando o abastecimento de água em cidades banhadas pelo rio. “As pessoas estão sofrendo com a falta de água, já que foi tudo contaminado pelos rejeitos metálicos. O Rio Doce está morto e serão necessários milhares de anos para recuperá-lo. Várias espécies de peixe já podem ser consideradas extintas. E a tragédia pode ser ainda maior, já que existe o risco dessa lama de resíduos chegar ao recife de corais de Abrolhos, aqui na Bahia. A região é uma das mais importantes para o ecossistema do Brasil e trabalha com ações de proteção a golfinhos e tartarugas ameaçadas”, afirma Marcell.

Segundo informações apuradas pela imprensa de Minas Gerais, o estado possui apenas quatro profissionais para fiscalizar as 735 barragens existentes no estado.  A tragédia do último dia 5 deixou 11 pessoas mortas, sendo que 15 continuam desaparecidas.

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