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Uma série de diálogos será realizada durante todo o ano de 2021 entre a Prefeitura, através da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop), e os representantes do comércio informal de Salvador para elaborar estratégias e ações em prol do setor nos próximos anos. A primeira reunião foi realizada nesta quarta-feira (13), na sede da Semop, na BR-324. Estiveram presentes na ocasião a nova titular da pasta, Marise Chastinet; a subsecretária Larissa Moraes; o diretor de Operações e Serviços Públicos, Adriano Silveira; e presidentes e vice-presidentes de sindicatos e associações dos ambulantes.

Durante o encontro, foram anotadas as principais solicitações e necessidades apresentadas pelos representantes. De acordo com a secretária da Semop, a proposta é de que, semanalmente, haverá um dia para dialogar com lideranças dos mercados municipais e dos vendedores ambulantes da cidade. A intenção é que, ao invés de arbitrariedade, a Semop estabeleça uma parceria com o setor, buscando encontrar saídas que contemplem o ordenamento da capital baiana e a necessidade desses trabalhadores.

“Um dia da nossa agenda será dedicada para ouvir o pleito deles e ter essa interface direta, até para que eles entendam que a Semop está com as portas abertas a todo o instante. Precisamos mostrar que queremos ordenar, mas sem causar transtornos. Na verdade, queremos ajudá-los a desenvolver o comércio informal”, afirmou Marise.

O presidente do Sindicato dos Ambulantes do Estado da Bahia, Marcos Cazuza, disse que o encontro os deixou mais confiantes. “Foi muito bom. Pela boa vontade e confiança que passaram, entendemos que a coisa foi encaminhada como deve ser. A gente entende que a nova gestão está conhecendo a situação, vendo os pormenores e dificuldades de cada setor para ver o que é possível fazer. É algo novo e nós estamos muito felizes com essa decisão de abrir as portas para o diálogo”, destacou.

“O sucesso da gestão passada foi justamente essa abertura para o comércio informal, que é uma categoria muito sofrida. Isso nos dá uma esperança de que essa atual gestão será tão boa quanto a anterior nesse sentido, porque a abertura desse espaço é muito importante para nós. Se tivermos hoje gestores com esse olhar social, vamos passar pelas dificuldades da pandemia bem mais confortáveis”, relatou o vice-presidente da Associação Integrada de Vendedores Ambulantes e Feirantes de Salvador (Assidvan), José Rebouças.

Resistência – Os vendedores ambulantes e permissionários têm adotado estratégias para superar o momento de pandemia, marcado pelo aumento do preço de alguns produtos. Muitos têm buscado equilibrar o valor final das mercadorias para repassar para o cliente com menos impacto. Já outros tentam criar um vínculo com o cliente, inclusive por meio da troca de telefone e uso das redes sociais. O importante para eles é manter as vendas e o faturamento diário para garantir o sustento da família.

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