Depois de mobilizar a bancada de oposição para votar contra a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) encaminhada pelo governo à Assembleia Legislativa, o deputado Tiago Correia afirmou nesta quarta-feira (23) vai se reunir novamente com o prefeito eleito de Salvador, Bruno Reis, para tratar da construção de um novo Parque de Exposições, empreendimento que interessa a todo o setor agropecuário do Estado.
“O governador Rui Costa já anunciou que pretende vender o Parque de Exposições para a iniciativa privada e até publicou edital de alienação do terreno localizado na avenida Paralela”, afirmou o parlamentar. Tiago Correia elogiou a disposição do líder Rosemberg Pinto de trabalhar para reservar 10 hectares da área à manutenção do parque, mas ressaltou que isso é apenas uma proposta. “Temos de lembrar que o governador Rui Costa deixou Salvador sem um Centro de Convenções por muitos anos, até que a Prefeitura tomasse a iniciativa de construir um novo espaço. Não podemos agora, em hipótese alguma, perder o Parque de Exposições”, afirmou Tiago Correia.
No primeiro encontro, Bruno Reis disse a Tiago Correia que doaria uma área da Prefeitura para a construção de um Parque de Exposições. “O prefeito eleito sabe muito bem que o setor agropecuário é o que mais emprega e o que mais cresceu no Brasil. É preciso dizer, no entanto, que isso se deve à dedicação dos produtores rurais e não por programas ou incentivos do governo, o que é lamentável”. “Tenho certeza absoluta que a conversa com o prefeito Bruno Reis será muito produtiva. Ele foi deputado estadual por dois mandatos e sabe muito bem da importância do setor agropecuário para o desenvolvimento da nossa economia”, acrescentou Tiago Correia.
O deputado, que é membro da Comissão de Orçamento da Assembleia, disse que votou contra a LDO porque, entre outras coisas, o governo deixou de priorizar o setor agropecuário. “O que tem acontecido nos últimos anos demonstra que o governo da Bahia não prioriza o agro”. Como exemplos, Tiago Correia lembrou da extinção da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), do programa cabra Forte, que atendia mais de 35 mil famílias, além do sucateamento da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab). “Um setor que é responsável por 25% do PIB baiano precisa de ter tratamento diferenciado, mas, infelizmente, o governo estadual não enxerga essa realidade”, concluiu Tiago Correia.