Apesar de ainda estar em estado de alerta para a ocorrência de uma eventual epidemia da dengue, o novo estudo sobre a situação da doença em Salvador revela a redução do Índice de Infestação Predial (IIP) de 2,8% em julho de 2015 para 1,5% neste mês de outubro. Esse é o segundo menor indicador registrado na capital nos últimos 10 anos.
O resultado do levantamento é atribuído a uma série de intervenções, mobilização e conscientização junto à população através de campanhas e ações educativas, bem como a intensificação das atividades do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) casa à casa, da abertura de imóveis abandonados e dos inúmeros mutirões de limpeza realizados em bairros prioritários através da articulação de diferentes órgãos da Prefeitura como Secretaria Municipal da Saúde (SMS), Superintendência de Obras Públicas (Sucop) e Limburp.
“Atingimos um indicador histórico e estamos cada vez mais fechando o cerco ao mosquito da dengue no município. No entanto, mesmo com uma redução considerável, ainda estamos com um índice acima do ideal. Por esse motivo, o alerta continua aceso, assim como nosso trabalho por toda cidade porque o enfrentamento ao Aedes é contínuo. Complementaremos as atividades diárias do CCZ com a realização de ações estratégicas, como faxinaços e mutirões, nas áreas ainda vulneráveis à proliferação do mosquito. Para isso, também é importante que a população se mantenha vigilante”, afirma a coordenadora do Programa Municipal de Combate à Dengue, Isabel Guimarães.
O estudo apontou ainda que Salvador conta com três distritos sanitários – Liberdade, Boca do Rio e Brotas – com índice de infestação igual ou menor a 1,0%, indicador recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que significa dizer que as localidades não correm risco de uma epidemia da doença. No total, 66 bairros apresentaram índices satisfatórios na capital.