O Centro de Referência em Saúde do Trabalhador de Salvador (CEREST), ligado à Secretaria Municipal da Saúde, encerrou a atuação durante o carnaval com um balanço positivo na atuação intensiva no trabalho preventivo no cuidado com os profissionais da festa. Em comparação com o ano passado, o número de blocos irregulares no tratamento aos cordeiros reduziu em 62% na folia.
O órgão realizou a fiscalização da atividade dos cordeiros, bem como com orientação aos trabalhadores informais (catadores de material reciclável e vendedores ambulantes) e no enfrentamento do trabalho infantil. Ao todo, foram 59 blocos inspecionados nos dias de festa.
A principal irregularidade encontrada foi a ausência de equipamentos de proteção individual (sapato fechado, luvas, protetor solar e protetor auricular) para 136 trabalhadores de seis blocos, que também tinham problemas no fornecimento de água e alimentos para os profissionais. Vale salientar que essas agremiações não atenderam ao pedido de readequação da condição do trabalho solicitada pelo CEREST.
O alcance de observação de cordeiros saltou este ano em 26% em relação ao último ano, 29 mil assistidos contra os 23 mil de 2019. Além disso, 911 trabalhadores informais e catadores de materiais recicláveis receberam algum tipo de orientação do órgão.
Durante os dias de folia nos circuitos Dodô e Osmar, foram encontradas 09 crianças em situação de trabalho infantil, nas atividades de ambulante e catador de material reciclável, uma redução de 30% comparado ao ano passado. Todos os menores foram encaminhados para os Espaços de Convivência da Prefeitura, que acolhe crianças e adolescentes filhos dos vendedores ambulantes trabalhadores da folia.
O CEREST também realizou a investigação epidemiológica de 208 casos de acidente de trabalho atendidos nos módulos de saúde dos circuitos. Das ocorrências, 94 foram confirmadas, mas sem nenhuma gravidade permanente.