Depois de capacitar 270 mulheres e ajudá-las a ingressar no mercado de trabalho da construção civil, a Prefeitura, por meio da Secretaria de Políticas para Mulheres, Infância e Juventude (SPMJ), iniciou, nesta segunda-feira (3), mais um ciclo de formação do Programa Marias na Construção. Na edição 2020, as novas 870 alunas recebem cursos de eletricista predial de baixa tensão, encanadora, marceneira e pedreira polivalente.
As aulas acontecem, simultaneamente, nos bairros da Liberdade, Jardim das Margaridas e Paripe. Para comodidade das alunas, os ensinamentos são ofertados na própria comunidade e de forma itinerante, por meio das unidades móveis de ensino do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Bahia), parceiro do projeto.
Nesta segunda, primeiro dia de aula do curso para Encanadora Instaladora Predial, no bairro da Liberdade, a desempregada Rose Marri Lopes, 40 anos, fez questão de sentar na primeira cadeira para assistir atentamente aos ensinamentos repassados pelo professor, o técnico em edificações do Senai Ariovaldo Cerqueira. “A gente não tinha espaço na construção civil. Agora, graças à Prefeitura e ao Senai, estamos podendo aprender esses ofícios que sempre foram dos homens. Considero isso uma grande oportunidade. Vou me capacitar e logo estarei empregada”, apostou a aluna, uma das primeiras a chegar a unidade móvel localizada na Rua Sérgio Cardoso, próximo ao Plano Inclinado da na Liberdade.
O sonho de Rose já virou realidade para Manoela Santos, 36 anos, que se formou em pedreira polivalente na edição anterior do projeto. Mesmo sem ter trabalho fixo, ela comentou que tem feito vários serviços, a começar por uma obra realizada em seu próprio apartamento, no bairro de Cajazeiras. “Troquei meu piso, pintei minha casa e também fiz um bico aqui ao lado na casa da vizinha”, contou.
A grandiosidade do projeto foi comentada pela secretária da SPMJ, Rogéria Santos, que se revelou uma entusiasta do Marias na Construção. “É uma iniciativa inédita que tem trazido uma verdadeira transformação de realidade para as soteropolitanas, pois, além de serem qualificadas, recebem orientação sobre empreendedorismo e informações técnicas sobre construções seguras no município, subsídios esses que as fazem sair do programa aptas para darem início a uma carreira promissora na área da construção civil”, ressaltou.
Como funciona – O nome do programa é uma homenagem a primeira mestre de obras da Bahia, Maria do Amparo Xavier. O Marias na Construção conta ainda com a parceria da Defesa Civil de Salvador (Codesal) e da Secretaria de Infraestrutura e Obras Públicas (Seinfra).
O período de pré-inscrição foi de 27 a 29 de janeiro, por meio do site mariasnaconstrucao. salvador. ba. gov. br. Os pré-requisitos são mulheres entre 18 e 45 anos, que possuam escolaridade mínima de Nível Fundamental II Incompleto (a partir do 6º ano – antiga 5ª série), residentes nos bairros que integram a respectiva Prefeitura-Bairro das comunidades beneficiadas, além de serem agraciadas por algum programa social, como Bolsa Família e/ou Primeiro Passo. Para o curso de eletricista predial de baixa tensão é necessário ter o Ensino Médio completo.
Rosilda oliveira
Porque não incluir as mulheres até 50anos
Rosilda oliveira
Porque não incluir as mulheres até 50 anos?