JORNAL NACIONAL – G1
Uma nova modalidade de empréstimo permite que pessoas físicas emprestem dinheiro com juros para pessoas físicas. E já existem aplicativos para conectar os dois lados.
Uma nova modalidade de empréstimo permite que pessoas físicas emprestem dinheiro a juros para pessoas físicas. O que no passado seria chamado de agiotagem, agora recebeu o nome de sociedade de empréstimo entre pessoas.
Você emprestaria dinheiro a quem não conhece?
A investidora Ivete Turola, que mora em São Paulo, emprestou para a chef de cozinha Valéria Rubio, que vive em Tietê, no interior paulista. Elas nunca se viram e fecharam o negócio por um aplicativo que une as duas pontas: quem precisa de dinheiro e quem quer emprestar.
A vantagem para Valéria foi o custo mais baixo. Ela pegou R$ 1 mil e vai pagar em quatro meses com juro mensal de 4%, uma taxa menor do que a média do crédito pessoal, que é de 6% no Brasil. Segundo o Banco Central, algumas instituições chegam a cobrar 27% ao mês.
“O que a gente quer? Pagar mais barato. Vou comprar equipamento, utensílios, coisas que eu preciso para fazer as minhas pizzas”, diz Valéria.
Para Ivete, que é investidora, a vantagem de emprestar o dinheiro foi ganhar mais do que em outras aplicações.
“Renda fixa tem taxas, hoje em dia, de no máximo 1%. E na minha operação eu vou ter um retorno de 3,45%. Então, é bem maior”.
Essa modalidade de empréstimo, conhecida como Sociedade de Empréstimo entre Pessoas (SEP), tem o aval do governo desde 2018. As plataformas eletrônicas que fazem a intermediação precisam ter autorização do Banco Central para operar nesse mercado. É preciso lembrar que não há garantias: quem empresta dinheiro assume o risco de não receber.
Para diminuir o risco de calote, cabe às empresas analisar o histórico de quem pede empréstimo. Para isso, elas cobram taxas que, no caso de Valéria, chegaram a R$ 80. A promessa é: quem paga em dia consegue juros menores da próxima vez.
“Aqui é uma plataforma onde bons pagadores encontram bons poupadores. Ele nunca vai querer dar o cano aqui, porque aqui passa a ser um lugar seguro onde ele pode procurar dinheiro no caso de uma emergência”, explicou Marcelo Villela, cofundador da empresa.
O economista Andrew Storfer, diretor de Economia da Anefac, vê a modalidade como alternativa para quem não tem acesso fácil ao crédito. A principal recomendação para quem vai pegar empréstimo é comparar bem as taxas de juros com outras modalidades do mercado. E, para quem empresta, cuidado.
“Que se tenha um pouco mais de critério ao emprestar. Porque não importa se a taxa é alta ou baixa, o importante é aquele dinheiro voltar, que seja pago realmente esse empréstimo, esse financiamento”, disse Storfer.
Pelo próprio aplicativo, Ivete procurou se informar sobre Valéria antes de liberar o dinheiro.
“Eu gostei, ela é uma pessoa batalhadora. Ela está tentando empreender”.
“O fato também de ser uma coisa pessoal, de você saber que alguém está te ajudando, eu acho isso fantástico”, respondeu Valéria.
WARLEY
Olá gostaria de saber o email da Ivete tutela
Olá gostaria de saber o email da Ivete turola