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Durante o verão em Salvador, mesmo quando ameaça chover, as praias atraem baianos e turistas. São comuns as cenas de pessoas consumindo bebidas alcoólicas, crianças brincando sozinhas à beira mar e com outros comportamentos de risco. Como resultado, oito mil ocorrências foram registradas pelo Grupamento Marítimo (Gmar) do Corpo de Bombeiros nas praias da capital, no período entre outubro do ano passado e esta última quinta-feira (2).

Entre as principais dicas dos bombeiros para evitar acidentes estão o cuidado com crianças sozinhas na praia e não consumir álcool antes de entrar no mar. “Procure locais que têm cobertura do serviço de salvamento aquático. Nossas barracas são sempre vermelhas, com a inscrição do Corpo de Bombeiros. Também é importante procurar os lugares onde o banho é seguro”, alerta o soldado Vandic Maltez, que trabalha em um posto móvel do Corpo de Bombeiros na praia do Farol da Barra.

Outra dia importante, acrescenta o soldado, “é não beber antes de nadar. A bebida tira a capacidade de identificar os riscos e também tira a capacidade física de enfrentar uma dificuldade. Mesmo bons nadadores têm baixa de rendimento com o uso de bebidas alcoólicas”.

Alerta

Segundo Vandic, o trabalho do Corpo de Bombeiros não é apenas de resgate. “Nós fazemos a prevenção, avisamos os banhistas dos riscos e também apitamos quando alguém começa a se afastar. As ocorrências registradas são ações de prevenção e também de resgate, quando precisamos entrar na água para salvar o banhista que está se afogando ou não consegue voltar para a praia. Há muitos casos de crianças perdidas, em finais de semana e feriados, e atendimentos pré-hospitalares”.

O bombeiro também alerta para o perigo de tentar salvar outras pessoas sem o treinamento necessário para isso. “Quem vir alguém se afogando, pode atirar uma boia, um objeto flutuante, mas não deve entrar no mar para tentar fazer o salvamento, pois pode se tornar outra vítima. O certo é correr para nos acionar assim que desconfiar de algum caso de afogamento. Se houver a desconfiança do afogamento, pode nos chamar, pois isso pode ser a diferença entre a vida e a morte de quem está na água”.

Segurança

O professor Jamil Ribeiro é da cidade de Paraíso, no estado de Tocantins, e aproveitou o segundo dia do ano para conhecer a praia da Barra, com a esposa, filhas e sobrinhas, em um grupo de seis pessoas. “Assim que nós chegamos, os próprios bombeiros vieram nos orientar sobre as correntes. Isso é muito bom, porque traz muita tranquilidade para nós. É um trabalho de excelência”, afirma.

O vendedor ambulante credenciado Oldelbrando Vieira passa os dias nas praias mais movimentadas de Salvador e já presenciou diversos casos de afogamento. “Às vezes, a mãe e o pai bebem e se distraem, a criança entra no mar e a água puxa. Ou grupos de amigos que passam o dia bebendo e depois alguém vai tomar banho de mar e não consegue voltar. Tem partes das praias que a gente já conhece, sabe que são perigosas, mas os bombeiros estão sempre por perto e isso dá uma segurança para quem vem à praia”.

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