Com investimento de mais de R$2,2 milhões entre obras e equipamentos, o governo Rui Costa (PT) entregou, na terça-feira (17), um novo Centro de Atenção Psicossocial (Caps) tipo III em Salvador. Presente ao ato inaugural, o deputado estadual Marcelo Veiga (PSB) voltou a tratar do setor de saúde e das ações realizadas pela pasta comandada pelo secretário Fábio Vilas-Boas em toda a Bahia. “Antigamente, em Salvador e em outras capitais, as pessoas com transtornos mentais eram esquecidas em manicômios. Ficavam sem suas famílias, sem seus amigos e realmente era uma população esquecida. Mas o governo do estado vem trabalhando com essa política para beneficiar as pessoas com transtorno mental e aproximá-las mais da família”, salienta o parlamentar.
Localizado no bairro de Jardim Armação, o Caps vai reforçar o atendimento público de pessoas com transtornos graves. A unidade funcionará 24 horas por dia, incluindo feriados e finais de semana. “Tanto o governador Rui Costa quanto o secretário Fábio têm prezado pela saúde das pessoas, e a saúde psicológica é de fundamental importância para o convívio em sociedade, isso é humanizar o atendimento a essas pessoas que têm problemas psiquiátricos. Em diversos casos, a doença psiquiátrica é mais forte que doenças físicas. O governo da Bahia sabe desse problema e tem atuado de acordo com as diretrizes da política antimanicomial aproximando a família do paciente”, completa Marcelo Veiga. O Caps atende pessoas de todas as idades com transtornos graves e persistentes, incluindo pessoas com necessidades decorrentes do uso de álcool e outras drogas.
Para o secretário estadual de Saúde, historicamente se construiu a atenção psiquiátrica centrada nos hospitais. Fábio Vilas-Boas explica que o manicômio era visto na figura do hospital psiquiátrico, onde se internavam pessoas. “As famílias colocavam essas pessoas nesses hospitais e nunca mais voltavam para vê-las. Em todo o estado tem 160 pessoas morando em hospitais psiquiátricos sem vínculos com as famílias, com a sociedade e que foram esquecidas. E a política que vem sendo conduzida pelos governos estadual e federal nos últimos 16 anos é para acabar com os manicômios. Mas para tirar os hospitais temos de oferecer apoio de outra forma, para o paciente que está em surto. E é exatamente o Caps do tipo 3 que dará a possibilidade dessas pessoas permanecerem internadas por até 48h em observação até estabilizar”.