Por Elisa Clavery, Sara Resende e Gustavo Garcia, TV Globo e G1 — Brasília
O novo líder do governo no Congresso, o sergipano Eduardo Gomes (MDB-TO), 53 anos, cumpre o primeiro mandato como senador, eleito em 2018.
Antes, foi deputado federal por três mandatos consecutivos. O primeiro cargo eletivo foi em 1996, quando assumiu vaga de vereador em Palmas e se reelegeu quatro anos depois. Em 1986, foi secretário de Educação do município de Xambioá, no Tocantins.
Candidato ao Senado mais votado em Tocantins (248.358 votos, cerca de 19,48% dos votos), Eduardo Gomes foi eleito pelo Solidariedade e se filiou ao MDB em 29 de janeiro, dias antes da posse. Além desses dois partidos, Gomes também integrou PSB e PSDB.
O novo líder no Congresso assume o posto após a destituição da deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) do cargo, em meio a uma crise entre o presidente Jair Bolsonaro e seu partido, o PSL. O nome de Gomes para o cargo foi confirmado no início da tarde desta quinta-feira.
Desde março, Gomes já atuava em favor do governo no Senado. Escolhido pelo líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), ele é um dos vice-líderes na Casa, ao lado de Nelsinho Trad (PSD-MS), Elmano Férrer (PODE-PI) e Izalci Lucas (PSDB-DF).
No Senado, Gomes votou
a favor da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Previdência no primeiro turno.
contra a suspensão dos decretos de Jair Bolsonaro sobre armas;
a favor da redução da idade mínima para posse de arma em área rural;
contra destaque sobre abono salarial que desidratou em R$ 76 bilhões a economia prevista com a reforma da Previdência.
O novo líder no Congresso foi relator de uma proposta que destina crédito suplementar de R$ 3,04 bilhões para seis ministérios.
É autor de uma PEC que inclui a proteção de dados pessoais disponíveis em meios digitais na lista das garantias individuais da Constituição Federal, aprovada em dois turnos na Casa.
Eduardo Gomes é titular em seis comissões – entre as quais, a Comissão de Assuntos Sociais (CAS) e a Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI).
Em julho, se licenciou do cargo de senador para assumir como secretário de Governo do estado de Tocantins, a convite do governador Mauro Carlesse (DEM). Um mês depois, pediu exoneração e voltou para o Senado.