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A Fundação Gregório de Mattos (FGM) registrou boletim de ocorrência na polícia em função do ataque sofrido, na madrugada da quinta-feira (19), pelo monumento em homenagem à Mãe Stella de Oxóssi, que fica próxima à avenida que leva o nome da líder religiosa falecida em 2018, no acesso da Avenida Luiz Viana Filho (Paralela) ao bairro de Stella Maris. Além disso, técnicos do órgão municipal já estiveram no local para verificar os danos e programar a pintura da obra, assim como a recolocação da placa, o que deve acontecer nos próximos dias.

A escultura amanheceu com pichações e teve a placa com a marca da Prefeitura arrancada. A obra, composta por esculturas do orixá Oxóssi e de Mãe Stella, é de autoria do artista plástico Tatti Moreno. O monumento foi entregue pela Prefeitura em abril deste ano. Todos os meses, o poder público municipal gasta cerca de R$45 mil com reparos de praças, academias de saúde, espaços de lazer e monumentos, alvos de vandalismo.

Histórico – Entre os últimos registros de ataques a monumentos está o furto ao Cetro da Ancestralidade, de mestre Didi, (Deoscóredes Maximiliano dos Santos), implantado em uma praça da rua da Paciência, no bairro do Rio Vermelho. Uma das pombas em bronze, que ficavam na parte de cima do monumento, foi roubada no mês passado.

Em janeiro deste ano, o alvo dos bandidos foi a estátua de Zumbi dos Palmares, que fica no coração da Praça da Sé, no Pelourinho. Em 2018, a FGM restaurou 13 monumentos e dois deles foram vandalizados no mesmo ano: a estátua de Castro Alves, na praça de mesmo nome, na Rua Chile, e o Ode à Jorge Amado, no Imbuí.

Ainda em 2018, foram identificados os roubos a outras partes de esculturas em bronze do monumento ao Dois de Julho. Em 2017, foram roubados os elementos decorativos e letras, que haviam sido restauradas em fibra de vidro da estátua do Barão do Rio Branco. Isso só para citar alguns casos registrados pela Prefeitura, entre tantos outros.

Em grande parte dos furtos, o intuito dos vândalos é revender o que for possível arrancar da obra, seja ferro, alumínio ou bronze. Um outro exemplo de ataque a monumentos religiosos foi o caso da Pedra de Xangô, ano passado. Foram jogados quilos de sal grosso e o fato segue sendo investigado pelo Ministério Público da Bahia. O monumento natural e a área em volta serão transformados em um parque pela Prefeitura, através da Secretaria Sustentabilidade, Inovação e Resiliência (Secis).

Educar e conscientizar – Para conscientizar a população sobre a importância de preservar os monumentos da cidade, a FGM promove atividades de educação patrimonial, como a roda de conversa mensal “Patrimônio é…”. As ações são realizadas por meio do Salvador Memória Viva, programa de atividades de proteção e estímulo à preservação dos bens materiais e imateriais do município. O último encontro realizado no dia 17 deste mês, no Espaço Cultural Barroquinha, abordou o tema “Subúrbio Ferroviário: Memória e Cultura”.

Os próximos encontros serão realizados nos dias 15 de outubro e 12 de novembro, no mesmo local, às 18h, e abordarão as temáticas “Feiras: Espaços e Sociabilidades” e “Frontispício da Cidade: Paisagem no Tempo”.

Outra ação da fundação para aproximar estreitar a relação do cidadão com sua história e seus monumentos é o projeto #Reconectar. Alguns monumentos da cidade ganharam placas com QR Code instaladas próximas às suas bases e basta aproximar um celular ou tablet com leitor para esse tipo de código que um link se abre dando acesso à ficha com os dados e um resumo sobre o personagem ou evento retratado naquela obra.

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