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Ao fim da apuração do Processo de Eleição Direta (PED) para a presidência do PT na Bahia, a candidata Vera Lúcia Barbosa, a Lucinha do MST, registrou mais de 5 mil votos dos mais de 30 mil petistas que foram às urnas no último domingo (8). Nesta quarta-feira (11), com o final da apuração, membros da tendência Esquerda Popular Socialista (EPS), da qual Lucinha faz parte, comemoraram o resultado e destacaram a importância da participação feminina nas decisões do partido na Bahia. “Estivemos em todas as regiões do estado, dialogando e levando informações da conjuntura política atual, tanto da Bahia quanto do Brasil. A intenção é seguir construindo um partido que tenha os movimentos sociais e sindicais como norteadores do processo. Além de colocar as mulheres nos debates e em espaço de poder”, salienta Lucinha.

Para o deputado federal Valmir Assunção (PT-BA), a votação de Lucinha é o resultado de uma campanha com a participação dos militantes da EPS. “Foi construída uma aliança com participação política, fortalecendo o debate sobre a participação das mulheres nas instâncias do partido e nas direções partidárias”, aponta o parlamentar. Nessa conjuntura feminista, a também candidata Elen Coutinho, da corrente ‘Avante’, teve quase 4 mil votos. Para Valmir, isso caracteriza que a militância quer uma mulher no comando do PT da Bahia. “Elen e Lucinha tiveram votações que expressam que, mais do que nunca, o PT estadual precisa ser presidido pelas mulheres”. Sobre a votação da chapa nacional, Valmir diz que “a candidatura de Lucinha alavancou a votação da chapa Optei – que obteve mais de 6 mil no estado”.

Ainda conforme a apuração do PED baiano, o resultado de Lucinha e Elen reabre o debate interno do PT sobre a possibilidade de rodízio na presidência estadual no próximo período. Lucinha, por exemplo, pode assumir o cargo por dois anos, de acordo com aliança com outras tendências do partido. O Congresso Estadual do PT vai eleger os presidentes estaduais no mês de outubro e, até lá, a organização vai ser para levar o maior números de delegados para o evento. “Precisamos focar na participação feminina nas decisões do partido, nos espaços de poder, na condução da sigla e na direção política. Essa minha votação e a da companheira Elen demonstram a força que o debate tem e a necessidade do PT da Bahia eleger uma mulher para sua presidência”.

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