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Por Marina Hortélio*

O deputado federal Pastor Sargento Isidório (Avante) foi processado pela cantora Daniela Mercury por um vídeo no qual ofende a artista por ela ter defendido a realização de uma peça teatral religiosa protagonizada por uma atriz trans. O desfecho do caso se deu nesta sexta-feira (9), quando o parlamentar reconheceu seu erro e fez um acordo com a defesa de Daniela, durante audiência no Fórum Criminal de Salvador.

Para dar fim no processo, ficou acordado que o parlamentar deve pagar uma multa referente a 25% do salário de deputado por cinco meses. As duas instituições beneficiadas foram escolhidas em Mesa de audiência. São elas: o Instituto Nice de Apoio a Mulheres Travestis e Transsexuais e o Hospital Martagão Gesteira.

Ao Correio, o deputado disse que a multa é uma oportunidade de fazer o bem. “O meu salário é o povo que me dá. Até tentei botar a minha fundação para ser uma das recebedoras da multa. O que interessa é que foi para duas entidades importantes, é uma multa que deixa todo mundo alegre”, afirmou.

Isidório ainda deve retirar o vídeo com as ofensas da internet e ainda gravasse um outro registro com tempo semelhante para pedir desculpas a cantora e sua família. As imagens já foram gravada e aprovadas pelo advogado da artista, o criminalista Ricardo Sidi.

A cantora comemorou o acordo, que, para ela, é uma vitória da justiça, dos direitos humanos e da liberdade de expressão artística. “Me sinto feliz de ter sido deixado claro quem eu sou como militante de direitos humanos e como defensora da democracia. Esse pedido de desculpas me faz acreditar na manutenção dos nossos direitos constitucionais”, pontuou.

Em entrevista, o parlamentar afirmou que conheceu Daniela de perto e percebeu que havia errado. “Percebi que presencialmente ela é muito agradável. A juíza trabalhou positivamente, a maneira da doutora me fez entender que era bom fazer o acordo com a artista. O que era ruim, vai beneficiar a ação social. A gente tá morrendo e vai levar mágoa?”, ressaltou.

O Me Salte tentou contato com o Tribunal de Justiça do Estado da Bahia (TJ-BA), mas até a publicação desta matéria não obteve retorno.

*Com orientação do chefe de reportagem e editor do Me Salte, Jorge Gauthier
CORREIO

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