O emprego de aditivos químicos, como os corantes, é um dos mais polêmicos avanços da indústria de alimentos, já que seu uso em muitos alimentos justifica-se apenas por questões de hábitos alimentares. Em geral, a importância da aparência do produto para sua aceitabilidade é a maior justificativa para o seu emprego. Isto porque os órgãos dos sentidos do ser humano captam cerca de 87% de suas percepções pela visão, 9% pela audição e os 4% restantes por meio do olfato, do paladar e do tato.
Porém, os corantes podem causar desde simples urticárias, passando por asmas e reações imunológicas, chegando até ao câncer em animais de laboratórios. A legislação brasileira permite o uso de 11 corantes artificiais, descritos abaixo:
Amaranto – Apresenta estudos contraditórios quanto a característica carcinogênica deste corante, sendo, por medida de segurança, proibido nos Estados Unidos desde 1976. No Canada e permitido, pois sua estrutura química e bastante semelhante a outros corantes considerados não carcinogênicos. Na Inglaterra seu uso e permitido em caráter provisório, ate que se apresentem estudos mais conclusivos. No Japão foi voluntariamente banido pelas indústrias de alimentos, e na União Europeia seu uso e permitido.
Ponceau 4R – Não e permitido nos Estados Unidos, na Inglaterra seu uso e provisório e restrito, nos países da União Europeia e no Japão seu uso e permitido, mas foi voluntariamente banido pelas indústrias japoneses. Isso se deve aos poucos estudos relevantes realizados sobre sua toxicidade.
Vermelho 40 – Países da União Europeia permitem seu uso. Estudos metabólicos mostraram que o vermelho 40 é pouco absorvido pelo organismo e em estudos de mutagenicidade não apresentou potencial carcinogênico, tendo desta forma, seu uso liberado para alimentos no Canadá e Estados Unidos.
Azorrubina – Seu uso e liberado para alimentos nos países da União Europeia, porém e proibido nos Estados Unidos. Mesmo com seu uso liberado, necessita de estudos adicionais sobre o seu metabolismo.
Tartrazina – Tem despertado uma maior atenção dos toxicologistas e alergistas, sendo apontado como o responsável por várias reações adversas, causando desde urticária até asma. Estima-se que uma em cada 10 mil pessoas apresenta reações a esse corante. Provavelmente, de 8% a 20% dos consumidores sensíveis à aspirina, são também sensíveis a tartrazina. Entretanto, é um dos corantes mais empregado em alimentos e e permitido em muitos países, como Canada, Estados Unidos e União Europeia.
Amarelo crepúsculo – Os Estados Unidos, Japão e países da União Europeia permitem seu emprego em alimentos, já o Canadá permite seu emprego em alguns produtos específicos.
Azul patente V – Seu uso não é permitido nos Estados Unidos, porém e liberado para uso em alimentos nos países da União Europeia. E um dos corantes utilizados em alimentos que também apresenta a necessidade de mais estudos sobre seu metabolismo.
Verde rápido – Seu uso é permitido nos Estados Unidos desde 1927, mas proibido nos países da União Europeia.
Azul brilhante – Seu uso é incondicional nos Estados Unidos; no Canadá seu limite máximo é de 100ppm; na Inglaterra pode ser utilizado apenas em alguns alimentos; e na União Europeia seu uso é liberado.
Azul de indigotina – A União Europeia considera seu uso seguro, sendo empregado no Japão, Estados Unidos e Inglaterra.
Eritrosina – E permitido nos Estados Unidos, países da União Europeia, Reino Unido e Canadá. Existem estudos de uma possível associação com tumores na tiroide pela provável liberação de iodo no organismo, porém esses estudos não foram conclusivos.
TERRA