Num país com tantas carências e desigualdades, toda política de inclusão é bem vinda. As universidades públicas são uma das principais portas de transformação, de ascensão social. Eu sou um exemplo de superação através da educação, pois, filho de uma lavadeira e de um pedreiro, não poderia me dar ao luxo de pagar para estudar. A Universidade Federal da Bahia é o meu maior e melhor exemplo, a casa amada onde comecei em 1954 como empregado de um professor, depois estudante, professor e hoje emérito em plena atividade, ensinando no doutorado. Acredito que o ensino público, em qualquer nível e com qualidade, deve ser ampliado para promover a inclusão social e o desenvolvimento do país. Apesar da difícil situação econômica do Brasil, vejo com reservas cortes de verbas para a educação, que deve ser prioridade. Portanto, em vez de corte, os recursos para a escola pública devem ser ampliados.