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Terceira maior estrutura municipal do tipo no país, a obra do Centro de Convenções de Salvador segue em ritmo acelerado e já está 32% concluída. As instalações, no formato de uma pomba, símbolo da bandeira de Salvador, já chamam atenção de quem passa pela Orla da capital, na Boca do Rio. São 37 mil m² de terreno construído em uma área de pouco mais de 103 mil m².

O centro terá capacidade para receber 14 mil pessoas simultaneamente em congressos e convenções. Pelo menos três grandes eventos já estão agendados para acontecer no espaço, a partir do ano que vem. A Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult) publicará o edital de concessão e exploração do Centro de Convenções de Salvador nos próximos dias.

“Hoje a cidade já vive um pouco esse impacto. A obra já ganha uma dimensão, uma proporção e chama atenção de quem passa aqui pela região. Muitas pessoas não conhecem efetivamente a obra, o que já foi produzido, quais os próximos passos, o estágio em que estamos, mas posso dizer que seguimos bem adiantados”, considerou o secretário da Secult, Cláudio Tinoco. As intervenções entram no 7º mês de um total previsto de 12 meses. “Durante seis meses, entre outubro e março, tivemos essa evolução, cumprindo o prazo contratual”, pontuou Tinoco.

Segundo o CCS, consórcio responsável pelas obras e formado pelas empresas Andrade Mendonça e Axxo, o sistema construtivo do equipamento é similar ao utilizado na implantação do Hospital Municipal de Salvador (HMS), cuja entrega foi antecipada em três meses. O consórcio trabalha com estruturas pré-moldadas, em conjunto com outras metálicas e lajes, o que acelera a execução.

“É claro que a obra agora ganha mais notoriedade, já que uma boa parte de alvenaria já foi realizada. A obra está com todas suas fases previstas, avançando dentro do cronograma. Nesse momento, diria que estamos partindo para parte de fechamento, cobertura, incluindo acabamento interno, externo e fachada”, explicou Tinoco. O novo empreendimento vai reposicionar a capital baiana entre os mais atrativos polos de turismo de eventos do Brasil. O secretário reforça que o Centro de Convenções será muito importante para a economia e turismo da Bahia.

Agenda de congressos – Pelo menos três grandes eventos já foram agendados para o novo Centro de Convenções de Salvador. “Já temos o Congresso Nacional de Hotéis (Conotel), em maio de 2020, com estimativa de quatro mil participantes. Em 2021 teremos o Congresso Brasileiro de Mastologia. E em 2024 sediaremos o 7º Congresso Mundial de Trauma”, afirmou Tinoco. Ainda segundo ele, a estrutura de ponta, além de ter a qualidade necessária para a recepção de grandes eventos, será um equipamento autossustentável.

“Nos próximos 25 anos, Salvador terá a estrutura para voltar a sediar os eventos não só da área médica, mas também outros, como feiras nacionais e internacionais e até mesmo encontro de chefes de Estado. Não tenho dúvida que o Centro de Convenções será a oportunidade da capital baiana voltar para cenário internacional, com capacidade e estrutura para receber eventos mundiais”, assinalou.

Shows e auditórios – No Centro de Convenções haverá dois locais para shows, cada um com capacidade para 20 mil pessoas, um externo ao equipamento e outro interno, com 28 camarotes de 50 metros quadrados, que serão moduláveis e irão atender aos dois espaços multiusos, tanto o de fora do centro quanto o de dentro. Esses camarotes poderão se transformar em salas de reunião quando não houver shows.

O espaço contará ainda com oito auditórios moduláveis de 800 metros quadrados cada. Terá também seis salões de 522 metros quadrados cada, 12 salas de 236 metros quadrados e 28 de reuniões que irão virar camarotes tanto para os shows externos quanto internos. O estacionamento será para mais de 1,4 mil veículos. O equipamento terá três pavimentos e será 100% climatizado e com acessibilidade.

Edital – A partir do lançamento do edital de concessão para selecionar a empresa que vai gerir o equipamento, haverá um prazo de 30 a 45 dias para recebimento das propostas. Será declarada vencedora da licitação a empresa que ofertar a maior outorga fixa, sendo um mínimo de R$ 10 milhões, que deverá ser paga em duas parcelas iguais – uma na assinatura do contrato e outra em 180 após isso.

Adicionalmente, a concessionária pagará à Prefeitura uma outorga variável de 5% sobre o faturamento bruto a partir do sexto ano. No total, o investimento da iniciativa privada somará cerca de R$25 milhões, incluindo aquisição de equipamentos, mobiliário e instalações. “O edital que vai oferecer a mercado a possibilidade de atrair empresas, individualmente ou em consórcio, para que possamos garantir um investimento privado para complementar as instalações”, finalizou Tinoco.

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