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Um ato político na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), nesta quarta-feira (17), marcou os 23 anos do massacre de Eldorado dos Carajás, no Pará, em 1996, que vitimou fatalmente 21 militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Presente à atividade, o deputado federal Valmir Assunção (PT-BA) disse que os parlamentares são os porta-vozes das ideias e do que os movimentos sociais querem falar à sociedade. Ele defendeu a liberdade de Lula, falou do impedimento de Dilma e voltou a criticar a reforma da Previdência do governo Bolsonaro.

“Neste dia 17, se completa também três anos que a direita brasileira rasgou a Constituição, rompeu o processo democrático, e nós temos que fazer a homenagem aos que morreram lutando pela reforma agrária com a consciência que vamos continuar lutando por causa dos nossos filhos e netos. Temos que continuar porque é uma injustiça grande que 1% dos proprietários tem 46% das terras nesse Brasil”. Valmir lamenta que o Brasil esteja passando por uma crise institucional e que os poderes estejam enfraquecidos “por decisões retrógradas do atual governo federal”.

O parlamentar salienta que “está no DNA do povo brasileiro a luta, a garra e a disposição”. Assunção diz “que é de suma importância derrotar o governo Bolsonaro. Não podemos aceitar essa reforma e temos de seguir a luta pela democratização do acesso à terra, para ter o direito de se aposentar, e ter um lugar para viver. Por isso temos que derrotar o governo Bolsonaro. É o momento de juntarmos com todos os movimentos. E não podemos esquecer que para coroar essa luta que estamos construindo temos que libertar o presidente Lula”. Ele completa dizendo que “mesmo que a esquerda tenha um conjunto de deputados, o que muda a vida do povo são os movimentos sociais, a correlação de forças e a capacidade dos movimentos de interferir nas conjunturas municipal, estadual e federal”.

Para o deputado baiano, o presidente Bolsonaro tem cumprido um papel para os EUA e para os conservadores do Brasil, e que isso custará caro ao povo. “Bolsonaro quer fechar o Incra, desvalorizar os servidores, destruir toda política social e vai usar tudo para aprovar a reforma da Previdência. O fechamento do Incra é uma moeda de troca”. Em tempo, Valmir informa que a polícia do Pará prendeu na última terça o fazendeiro Regivaldo Pereira Galvão – condenado como mandante do assassinato da missionária norte-americana Dorothy Stang. O crime ocorreu em Anapu, no Pará, em 2005.

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