Bandas e artistas oriundos do Subúrbio de Salvador estão unindo forças para cobrar participação no calendário cultural do município. A comissão é formada por bandas que movimentam a cena cultural do Subúrbio
durante todo o ano. A insatisfação se faz perante a exclusão destas bandas das festas populares promovidas pela prefeitura.
Tradicionalmente, as festas populares existentes no subúrbio tinham como destaque as apresentações das bandas locais. Os carnavais, as lavagens, as festas dos pescadores, todas estas promoviam o lançamento das bandas locais para o cenário regional. Mas, segundo a Comissão de Bandas e Artistas do Subúrbio, essa tradição foi deixada no
passado pela atual gestão municipal.
O Subúrbio de Salvador sempre teve uma certa tradição em revelar grandes nomes da nossa música, como conta o músico Rafael Lima do grupo Samba Xeque: “Daqui saíram a banda Ara Ketu, os cantores Léo Santana e Tonny Salles (Parangolé), artistas que foram revelados nas tradicionais festas do subúrbio e que hoje fazem sucesso nacionalmente, mas hoje em dia, o incentivo que as bandas locais recebem é zero e a
gente não entende o porque, já que o público sempre pede”.
Ainda segundo a comissão, existiu uma promessa da gestão municipal de agregar as bandas locais na programação do carnaval deste ano, o que na prática não aconteceu. “Neste ano, apesar de todas as promessas, o carnaval do subúrbio recebeu uma programação com artistas oriundos de outros locais, trazidos pela prefeitura para tocar nos bairros do subúrbio, é preciso que as autoridades entendam que estão enfraquecendo a cultura local, as festas populares dos bairros estão se esvaziando, é só notar nos registros, as pessoas comentam negativamente, é preciso ouvir mais as pessoas”, relata o cantor e compositor, MAVI.