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O empresário Crispim Terral, de 34 anos, passou por momentos difíceis ao ser agredido e alvo de racismo na presença de sua filha na agência da Caixa Econômica Federal (CEF) – que fica próxima ao relógio de São Pedro, no centro de Salvador. Quem não gostou nada da situação foi o deputado federal Valmir Assunção (PT-BA). Ele considerou o ato como “inadmissível” e pede celeridade na apuração do caso. “Assisti ao vídeo e vi cenas de agressões e racismo velados. A Secretaria de Promoção da Igualdade Racial [Sepromi] está acompanhando o caso e o Ministério Público da Bahia vai intervir para apurar essa denúncia. O rapaz foi agredido covardemente na frente de sua filha, além de ter sido chamado de ‘gente desse tipo’. É deplorável, um constrangimento que ninguém merece passar”, sinaliza.

Assunção diz que o caso é sério e critica o aumento desses tipos de ocorrência. O petista ainda salienta “que não se pode tratar esse assunto com naturalidade, pois não é”. Para Valmir, o racismo está incrustado na sociedade e ele mesmo já sofreu com inúmeros casos. “Já fui barrado várias vezes no plenário da Câmara dos Deputados pelos seguranças. Muitas das vezes mesmo com o meu broche de parlamentar. As pessoas não acreditam que um homem negro e sem-terra é deputado. Sem contar que nas redes sociais, inúmeros comentários são ofensivos e racistas, alguns até já entrei com representação e denunciei à Polícia Federal”, informa.

No caso de Salvador, tudo aconteceu porque Terral ficou esperando um dos gerentes do banco atender ele por quase cinco horas. Quando foi reclamar da situação, o gerente acionou a Polícia Militar. Na abordagem, um policial chegou a dá um ‘mata-leão’ no empresário. Os envolvidos devem ser ouvidos após o Carnaval pela Promotoria de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa. E a própria CEF deve ser acionada para rever sua postura. A secretária da Sepromi, Fabya Reis, por meio do Centro de Referência de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa Nelson Mandela, informa que trabalha para fazer os primeiros contatos Terral. “Toda atenção está sendo dada ao caso, esperando a devida apuração por parte dos organismos policiais, medida já anunciada pelo secretário da SSP, Maurício Barbosa”.

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