A nova hemodinâmica do Hospital Geral Roberto Santos (HGRS), em Salvador, completa, nesta quinta-feira (20), um ano de funcionamento. Nesse período, além de registrar aumento de 370% no volume de procedimentos em relação à média dos anos anteriores, o setor avançou na complexidade da assistência oferecida.
Hoje, o HGRS realiza cerca de 50 tipos de procedimentos na hemodinâmica e, até a primeira quinzena de dezembro de 2018, quase três mil pacientes foram beneficiados pela readequação do setor. Antes, no período de 2014 a 2017, a média anual de atendimentos era de 637.
O aumento da produtividade da hemodinâmica do Hospital Roberto Santos se deve, principalmente, à modernização do setor, à abertura de oito leitos de recuperação pós-anestésica e à aquisição do segundo angiógrafo. O novo equipamento possibilitou maior detalhamento nos exames vasculares e, em especial, na neurorradiologia, uma vez que passaram a ser disponibilizadas reconstruções em três dimensões.
Na avaliação do diretor-geral do HGRS, o anestesiologista José Admirço Lima Filho, a reforma repercutiu positivamente na demanda da Central Estadual de Regulação (CER): “nós não só conseguimos zerar a fila do hospital, como passamos a absorver os pacientes de outras instituições. Temos a possibilidade de suprir a demanda interna e a da rede estadual de saúde”.
O gestor lembra, ainda, que com os leitos do Centro de Recuperação Pós-Anestésica (CRPA), “os usuários ficam em repouso por algum tempo e depois retornam para as unidades de onde vieram ou vão para a terapia intensiva”. Assim, segundo ele, é possível desafogar outras áreas do hospital.
Na nova hemodinâmica, são atendidos, entre outros, pacientes que sofrem acidente vascular cerebral (AVC), infarto do miocárdio, doenças oclusivas nas artérias e aneurisma cerebral. “Procedimentos como a localização do aneurisma não poderiam ser realizados antes. Já cateterismo cardíaco e arteriografia de membros inferiores eram feitos, mas em um volume mínimo”, completa José Admirço.