A promotora que agora está encarregada pela investigação do assassinato da vereadora Marielle Franco decidiu trocar a equipe de promotores que estava à frente da apuração do crime. O anúncio foi feito nesta terça-feira (21) pelo procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro, Eduardo Gussem, após reunião com outras autoridades que lidam com o caso.
“A partir de agora, a promotora de justiça Letícia Emiliy assume o caso e fez a opção de que trabalhassem com ela as estruturas do Gaeco, que é o Grupo de Combate ao Crime Organizado, e CSI, que é na Coordenadoria de Segurança e Inteligência do Ministério Público estadual”, declarou Gussem.
Embora tenha sido formalmente apresentada como nova encarregada pela investigação, a promotora não esteve na reunião desta terça, que ocorreu no Centro Integrado de Comando e Controle, na Cidade Nova.
Questionado sobre a troca da equipe, Gussem justificou a medida afirmando que foi uma opção da própria promotora e que ela tem “independência funcional” para realizar a mudança.
“Isso é uma opção da promotora de justiça. E o Ministério Público, por princípios constitucionais, o promotor de justiça goza de independência funcional, e cabe a ele fazer as escolhas dos segmentos que irão acompanhá-la”, explicou Gussem.
O procurador acrescentou que os promotores que antes integravam a força-tarefa poderão continuar a auxiliar, informalmente, as investigações.
Além do procurador-geral, estiveram presentes no encontro o chefe de Polícia, delegado Rivaldo Barbosa, o delegado titular da Delegacia de Homicídios da Capital, Giniton Lages, o secretário de Segurança, general Richard Nunes e o superintendente da Polícia Federal no RJ, Ricardo Saadi.
O único a se pronunciar sobre o encontro foi o procurador-geral. Ele reforçou que há forte indício de participação de grupos milicianos no crime, e disse que a principal linha de investigação é de que se trata de um assassinato com motivação política.
“Há um forte indício nesse sentido e parece que as investigações caminham num forte sentido de participação de milicianos”, disse o procurador-geral.
Fonte: G1