A recepcionista Isabel Cristina Bramont Moraes, de 35 anos, morreu por asfixia confome apontou o laudo cadavérico. A informação é da Polícia Civil, nesta segunda-feira (6). Isabel foi levada morta para UPA de Itapuã, em Salvador, pelo companheiro Jairo Ernandes, no dia 22 de junho.
Na UPA, Jairo disse que a mulher sofreu uma queda. Entretanto, os funcionários da unidade suspeitaram da versão dele e acionaram a polícia. Na ocasião, Jairo foi preso, mas no dia 24 de julho, um mês após o crime, a defesa dele solicitou um relaxamento de prisão e ainda não há detalhes se a Justiça aceitou o pedido.
Familiares e amigos de Isabel fizeram uma caminhada no domingo (5), em protesto contra o pedido de relaxamento de prisão.
Segundo a Polícia Civil, o inquérito foi concluído e remetido à Justiça, com o laudo anexado, no dia 27 de julho. A polícia disse ainda que o Ministério Público Estadual (MP-BA) ofereceu denúncia por feminicídio, que foi acatado pela Justiça, e já existe uma ação penal por homicídio qualificado contra Jairo.
Caso
Isabel foi enterrada na tarde do dia 23 de junho, no cemitério do Campo Santo, no bairro da Federação, na capital.
Durante o sepultamento, familiares da vítima contaram a história do relacionamento de Isabel e Jairo. Eles começaram a namorar ainda na adolescência, há mais de 20 anos, e tinham duas filhas, uma de 15 e a outra de 17 anos.
A família de Isabel diz que, antes de morrer, a vítima já havia sido agredida diversas vezes pelo companheiro. Ela era a mais velha de quatro irmãs.
Segundo Maraísa Bramont, irmã da vítima, o relacionamento da irmã com Jairo era marcado por traição e violência. Eles chegaram a ficar separados por cerca de um ano e meio. Nesse período Jairo foi morar sozinho, mas segundo familiares, perseguia Isabel e não deixava ela se relacionar com ninguém.
Ainda durante a separação, Jairo foi morar sozinho, mas, alguns dias antes do crime, ele começou a se reaproximar da recepcionista. A família tinha medo, mas Isabel dizia que o marido estava mudando.
Fonte: G1-bahia