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Os professores municipais de Salvador votaram pela manutenção da greve em assembleia realizada na tarde desta segunda-feira (6), no Ginásio dos Bancários, na Ladeira dos Aflitos. A categoria pede reajuste salarial de 6,5%, além de outras reivindicações. A paralisação já dura 27 dias.

De acordo com Marcos Barreto, integrante da direção executiva do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB), os professores municipais vão fazer um ato na terça-feira (5), às 8h, na frente da Secretaria de Educação do Município (Smed), na Avenida Garibaldi.

Conforme Marcos Barreto, os professores voltam a se reunir em mais uma assembleia para discutir o rumo das negociações, na quinta-feira (9), na quadra do Sindicato dos Bancários.

Os docentes pediam reajuste salarial de 12,41% e desceram a proposta para 6,5%. Em contrapartida, a Secretaria Municipal de Educação (Smed) ofereceu 2,5%, que não é aceito pela categoria.

Além do reajuste salarial, os professores também pedem 10% no auxílio-alimentação e eleição do diretor escolar – em vez de indicação da secretaria.

Entenda os pontos da greve
O G1 listou abaixo os itens de reivindicação e detalhou cada ponto com as versões do titular da Smed, Bruno Barral e do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB).

Atualmente, cerca de oito mil professores atuam na rede municipal de ensino, sendo aproximadamente dois mil contratados pelo Regime Especial de Direito Administrativo (Reda) – contrato por tempo determinado: dois anos que podem ser renovados por mais dois.

No dia 12 de julho, a prefeitura anunciou que cortaria o ponto, já na folha de pagamento do mesmo mês, dos professores da rede municipal que aderiram à paralisação. Veja abaixo as reivindicações dos professores:

Reajuste salarial
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB), os professores estão no terceiro ano sem aumento, encaminhando para o quarto ano em 2018.

O último ano em que o reajuste foi concedido, segundo a ALPB, foi 2015.

A Smed aponta, no entanto, que nos últimos seis anos, o único que não houve percentual de aumento foi 2016: 2013 (7,8%); 2014 (8,34%); 2015 (8%); 2016 (não houve); 2017 (2,5% – em setembro).

A APLB explica que até 2015, quando o percentual oferecido foi de 8%, os aumentos oferecidos pela gestão municipal eram o Reajuste Linear de Recuperação das Perdas (RLRP), que representa aumento para todos os professores, tanto os concursados (em atividade, em licença médica e aposentados) quanto os professores contratados pelo Regime Especial de Direito Administrativo (Reda).

No ano de 2017, o reajuste oferecido para a categoria foi de 2,5%. Ainda de acordo com a APLB, esse percentual, porém, não contempla toda a categoria e por esse motivo não é considerado por eles um reajuste salarial.

O secretário Bruno Barral confirma que o reajuste de 2,5% é proposto para o quadro de professores concursados ativos. Diferente do que a APLB pontua, no entanto, professores que estão em licença médica também fazem parte dos contemplados, afirma o secretário.

Auxílio alimentação
Além do salário da categoria, o secretário explica que há um adicional de cerca de 75% referentes a benefícios, como gratificação de atividade, abono de grupo, auxílio transporte e o auxílio alimentação.

Atualmente, a categoria ganha R$ 14 diários para alimentação, multiplicados por 22 dias, um total de R$ 308. Durante as negociações entre prefeitura e o sindicato, o pedido de aumento de 10% no auxílio alimentação foi suspenso e saiu da lista de reivindicações dos professores.

Eleições para diretores e vice-diretores
Os diretores e vice-diretores de escolas da rede municipal de Salvador são escolhidos pela comunidade escolar, que corresponde a professores, alunos e pais que fazem parte de um conselho. Conforme a diretora da APLB, uma eleição deveria ter acontecido em novembro de 2017 para escolher os diretores do ano letivo de 2018, mas não aconteceu. Por isso, os professores incluíram a realização da eleição na lista de reivindicações.

Bruno Barral justifica que para que os gestores sejam eleitos, eles devem passar por um curso de formação de diretores, que custa cerca de R$ 4 milhões. Esse curso, que era uma das demandas solicitadas pelo movimento grevista foi atendida pela Smed.

Fonte: G1-Bahia

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