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A Operação Chuva 2018 chega ao fim com um saldo positivo de 5.345 vistorias, 52% a mais que o mesmo período do ano passado. Neste mesmo período, 154 mil metros quadrados de lona foram aplicados em cerca de mil localidades, quantidade superior à de 2017 (13% a mais). Uma das principais aliadas à mitigação dos efeitos da chuva foi a atenção que a Prefeitura deu à proteção de encostas na capital, com a aplicação de pouco mais de 50 contenções e de 112 geomantas, dentre as quais 88 já foram concluídas e 24 estão em andamento.

As contenções realizadas pela Secretaria de Infraestrutura (Seinfra) atendem localidades como Sete de Abril, Arraial do Retiro, Federação, Cosme de Farias, Canabrava, São Cristóvão, Saramandaia, Saboeiro e Santa Mônica. Já as Geomantas, foram aplicadas pela Defesa Civil de Salvador (Codesal) em bairros como São Marcos, Cajazeiras, Arraial do Retiro, Cabula e Matatu.

As áreas de risco de Salvador também receberam a ação conjunta de diversas pastas municipais que integraram o Sistema Municipal de Defesa Civil. As atividades envolveram a retirada de lixo, poda de árvores, instalação de cercas e de placas de “Proibido Jogar Lixo”, além de orientações das Prefeituras-Bairro antes e durante as contingências. Além disso, o Sistema de Gestão de Riscos (SIGR) e as vistorias se tornaram mais precisas com o uso de tablets e formulários digitais.

“Avaliamos de modo positivo as atividades desenvolvidas e cujo sucesso se deveu à sintonia das entidades parceiras coordenadas pela Codesal e aos investimentos tecnológicos, às ações educativas e obras preventivas, como a aplicação de geomantas em taludes situados em áreas de risco”, afirma o diretor geral da Codesal, Sosthenes Macêdo.

Ações educativas – Programas educativos, desenvolvidos pela Codesal nas comunidades, funcionaram como importante aliado na prevenção de desastres como deslizamentos e alagamentos. Moradores foram conscientizados sobre a necessidade de não descartar lixo de maneira irregular e de não plantar vegetação inadequada em encostas, a exemplo de bananeiras.

Os programas Núcleo de Proteção e Defesa Civil (Nupdec), Projeto de Defesa Civil nas Escolas (PDCE) e o Mobiliza buscam formar lideranças nas comunidades e nas escolas, além de promover cursos que abordam percepção de risco, primeiros socorros, promoção de saúde, defesa civil institucional, e a realização de um simulado de evacuação de área.

Monitoramento – A Codesal conta com 38 pluviômetros e sete sistemas de alerta e alarme, com oito sirenes, que monitoram comunidades situadas em áreas de risco. Este sistema trabalha com tecnologia de ponta e informa os moradores sobre o risco iminente de acidentes por meio de mensagem de texto por celular (SMS). O gerenciamento de risco climático é feito pelo Centro de Monitoramento da Defesa Civil (Cemadec), que conta com equipamentos de alta tecnologia e foi construído com um investimento de cerca de R$ 4,5 milhões.

Precipitações – Choveu mais em Salvador durante a Operação Chuva desse ano que em 2017. Técnicos do Cemadec observaram uma média de 639,7 mm de chuvas, índice médio 11% maior que o de igual período do ano passado, quando choveu 576,6 mm. Durante o período de abril a junho de 2018, os maiores índices acumulados foram registrados nas localidades de Nova Brasília (826,0 mm), Palestina (785,0 mm), Mirante de Periperi (757,2mm), Campinas de Pirajá (742,6 mm) e Bom Juá (741,0 mm).

As chuvas ocorridas em Salvador, durante os meses de abril, maio e junho, foram provocadas pela passagem de frentes frias, distúrbios de Leste, bem como dos sistemas de brisas (marítimas e terrestres) e dos ventos úmidos vindos do Oceano Atlântico.

Alerta e alarme – A eficácia do sistema de alerta e alarme foi testada pela primeira vez, desde a instalação em 2016, ao ser acionado, no dia 20 de abril, nas comunidades de Bom Juá e Vila Picasso (Capelinha de São Caetano), seguido por Mamede (Subúrbio Ferroviário).

Seguindo orientação do Plano Preventivo de Defesa Civil, o Sistema de Alerta e Alarme é acionado nas áreas de risco, quando o índice pluviométrico registra 150 mm de chuva em 72 horas. Após o acionamento, os moradores devem deixar suas casas e se dirigir a um ponto de acolhimento disponibilizado pela Secretaria Municipal de Promoção Social e Combate à Pobreza (Semps).

Mesmo com o fim da Operação Chuva, a Defesa Civil de Salvador mantém o plantão diuturno para atender possíveis ocorrências na capital baiana. Em caso de risco de queda de árvore, deslizamento de terra, alagamento de imóvel e desabamentos, dentre outros incidentes, a população deve entrar em contato com o órgão, gratuitamente, pelo telefone 199.

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