Agência O Globo
Depois de dois jogos fora por uma lesão na lombar, Marcelo retoma seu lugar de titular na lateral esquerda para enfrentar a Bélgica, na Arena Kazan. Outra mudança em relação ao último confronto é a entrada de Fernandinho na vaga de Casemiro, que cumpre suspensão automática pelo segundo cartão amarelo recebido na partida contra o México, pelas oitavas de final.
Os belgas vêm a campo no mesmo 3-4-3 ofensivo dos jogos anteriores, mas com duas alterações. O treinador espanhol Roberto Martínez resolveu agradecer os salvadores da virada de 3 a 2 sobre o Japão e colocou Chadli e Fellaini em seu 11 inicial. Os meio-campistas ganharam as posições dos atacantes Carrasco e Mertens. Com a modificação, De Bruyne saiu da posição de segundo volante e foi liberado para compor a linha de três ofensiva, ao lado de Lukaku e Hazard.
O primeiro chute da partida veio logo no segundo minuto de jogo, quando De Bruyne ganhou a disputa por espaço com Fernandinho e bateu rasteiro para fora, do lado direito de Alisson. O Brasil respondeu aos 7, mas Thiago Silva não aproveitou oportunidade debaixo da trava de Courtois após bola desviada por Miranda em cobrança de escanteio. Em outra cobrança de canto, Paulinho furou perto da pequena área.
E foi de um escanteio que saiu o gol da Bélgica. Atrapalhados, Gabriel Jesus e Fernandinho não se comunicaram. A bola desviou no braço do volante do Manchester City e tirou Alisson da jogada. 1 a 0 para a Bélgica.
O Brasil demorou para se reorganizar em campo depois de sofrer o gol. Afoita, a seleção brasileira não conseguia colocar a bola no chão e subia com pouca articulação. Aproveitando os espaços deixados pelo meio-campo, a Bélgica contra-atacou e chegou perigosamente em lances articulados por Hazard e De Bruyne.
Sem conseguir agredir, o Brasil levou o segundo justamente de um contragolpe. Lukaku pegou rebote de escanteio brasileiro, avançou pela intermediária, passou por Paulinho e Fernandinho sem nenhum dificuldade e rolou para De Bruyne, que ajeitou e deu um chute potente em diagonal para fazer 2 a 0 para a Bélgica.
Por incrível que pareça, o Brasil seguiu afobado e buscava atacar através de bolas lançadas sobre a altíssima área belga, que sempre rechaçava as ameaças. A única que passou, Gabriel Jesus perdeu o tempo de bola e cabeceou para fora.
Para o segundo tempo, Tite sacou William e colocou Roberto Firmino. A postura brasileira também mudou, jogando com mais agressividade. Aos sete minutos, Neymar caiu na área em disputa com Fellaini. Pendurado, o craque brasileiro decidiu não reclamar de pênalti, que de fato não houve, e pediu para seguir o jogo.
Pouco mais tarde, Gabriel Jesus tocou a bola entre as pernas de Vertonghen e foi ao chão depois de dividida com Kompany. O juiz sérvio Milorad Mazic aguardou a comunicação do árbitro de vídeo, que não viu penalidade máxima no lance.
O roteiro da partida era a Bélgica encolhida na defesa tentando tirar vantagem da impaciência brasileira, sempre com De Bruyne armando jogadas rápidas no contra-ataque. A segunda mudança de Tite foi a entrada de Douglas Costa no lugar de Gabriel Jesus, mas o Brasil seguia sem ter calma para criar jogadas. Outra substituição foi a de Paulinho por Renato Augusto, aos 28 minutos.
E o ex-jogador do Flamengo mostrou que tem estrela. Em sua primeira participação, Renato recebeu passe de Coutinho e cabeceou com perfeição no canto de Courtois para diminuir.