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Desde a última quinta-feira (1) os médicos farão paralisações e operações padrão nas unidades de pronto atendimento (UPAs) de Salvador. Os atendimentos de urgência, entretanto, estão mantidos. Pacientes classificados com fichas vermelhas serão atendidos. Os demais devem procurar outras unidades.

O protesto é por melhores condições de trabalho e contra o edital de contratação de novos médicos através de Reda (Regime de Direito Administrativo), que propõe salário abaixo do que é praticado atualmente e várias outras distorções de função. A greve é por tempo indeterminado, até que a Prefeitura faça os ajustes necessários nos critérios de contratação.

A paralisação atingirá inicialmente as UPAs Adroaldo Albergaria, em Periperi, Hélio Machado, em Itapuã e o Centro de Saúde Rodrigo Argolo, em Tancredo Neves, que são as primeiras afetadas pelo Reda.

Caso a proposta aviltante do Reda não seja reformulada, a paralisação que começa nessas três unidades se estenderá, gradativamente, às demais UPAs do município. A greve tem por objetivo reverter os abusos da Prefeitura, que prejudicam os médicos e a população.

Distorções

O edital, publicado no final do ano passado, contém uma série de inconformidades, entre elas atribuições profissionais descabidas, que aumentam a sobrecarga de trabalho e podem prejudicar ainda mais o atendimento à população.

Além disso, os critérios de seleção são subjetivos e dão margem a direcionamentos e manipulações na hora de definir quem será contratado.

O Sindimed já solicitou a impugnação do edital, mas a Prefeitura insiste em manter as distorções. Entre elas, por exemplo, a atribuição de orientação de estudantes de medicina sem remuneração adicional.

O assunto já foi tratado em reunião no Cremeb e em assembleia dos médicos, no dia 22 de janeiro, quando foi definida a paralisação.

Desrespeito e ameaças

Além do desrespeito aos novos, os médicos que estão há mais tempo na Prefeitura também vivem um clima de instabilidade. Profissionais que trabalham há anos nestas unidades estão sendo ameaçados de demissão, a partir de fevereiro. O clima é tenso e tudo circula em forma de boatos. Os médicos não receberam nenhum comunicado da Prefeitura tratando do assunto.

Os médicos estão mobilizados para barrar esse Reda abusivo e contam com o apoio da população. A luta é por melhoria na rede de Saúde, ambiente de trabalho digno e atendimento de qualidade aos usuários.

Fonte: Sindimed

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