Dados preliminares de um estudo divulgado pelo Ministério da Saúde nesta segunda-feira (27), estimam que Salvador é a capital brasileira com maior prevalência de HPV. A pesquisa amostral concluiu que sete em cada dez soteropolitanos entre 16 e 25 anos de idade estão infectados com vírus que pode causar o câncer de colo de útero e de outros tipos de tumor.
De acordo com Adriana Miranda, coordenadora da Atenção Primária de Salvador, a prática de comportamentos de risco relatados pelos indivíduos entrevistados no estudo podem contribuir para elevada prevalência na capital baiana.
“Dos 291 participantes da pesquisa no município, apenas 44% declararam fazer uso habitual de preservativo. Além disso, 88% dos entrevistados informaram que fazem ingestão regular de bebidas alcoólicas, outro aspecto que amplia a vulnerabilidade para realização do sexo desprotegido. Se entendermos que se trata de um público sexualmente ativo e que a maioria tem mais de um parceiro, faz com que o risco de transmissão seja bastante elevado”, declarou.
A Secretaria Municipal da Saúde oferta gratuitamente preservativos masculinos e femininos em todas as unidades básicas da capital, de segunda a sexta-feira, das 08 às 17 horas.
Vacinação – A gestora destacou ainda sobre a importância da vacinação como forma eficaz para redução da incidência na capital. “Desde 2014 que Salvador incorporou a estratégia de imunização contra o HPV. Desde então, historicamente temos apresentado uma baixa adesão à estratégia. É importante que pais, responsáveis e instituições de ensino estejam unidos para juntos conseguirmos sensibilizar nossos jovens sobre a importância da vacinação”, informou.
As doses do imunobiológico estão disponíveis para o público alvo – meninos de 11 a 13 anos e maninas 9 a 14 anos – de segunda a sexta-feira, das 8 às 17 horas, nos postos da rede básica. Três doses da vacina são necessárias para proteção integral contra o vírus.
Tratamento – Os pacientes com diagnóstico positivo para HPV na capital baiana recebem todo o suporte necessário para o tratamento, inclusive, com a dispensação dos medicamentos retrovirais totalmente gratuitos no Serviço Municipal de Assistência Especializada (Semae), na Liberdade, e no Centro de Testagem e Aconselhamento Marymar Novais (CTA), no Dendezeiros.