O Dia da Baiana de Acarajé foi celebrado no último sábado, 25 de novembro, e com ele iniciou a campanha dos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher, em referência ao dia internacional sobre o tema. Para o vereador de Salvador, Luiz Carlos Suíca, o dia marca a luta da mulher negra que, para ele, é atingida duplamente pelo preconceito e pela violência sexual, moral, física, psicologia e patrimonial”. Filho de baiana de acarajé, Suíca não esconde suas origens, ao contrário, faz questão de revelar que cresceu em uma família humilde e que foi criado por suas irmãs, pois sua mãe faleceu quando ele tinha apenas 2 anos.
“Foram tempos difíceis, que superamos com muita luta. Hoje a baiana de acarajé conquistou mais direitos. São reconhecidas como Patrimônio da Humanidade pelo Instituto do Patrimônio e Artístico Nacional [Iphan], e foram reconhecidas também como Patrimônio Imaterial da Bahia e Patrimônio Cultural de Salvador. A profissão de baiana de acarajé foi oficializada por meio de decreto de lei municipal na capital. Tudo isso valorizou ainda mais a atividade das baianas. Tenho um orgulho enorme da minha família ter sido sustentada, por muito tempo, das vendas do acarajé e esses reconhecimentos são mais que justos para essas guerreiras”, salienta o edil petista.
Também neste sábado é celebrado o Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher, justamente quando acontece o início da campanha dos 16 dias de ativismo, que segue até o dia 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos. Essa campanha é uma mobilização mundial, que acontece anualmente e a Bahia segue engajada em defesa da integridade feminina. “É um dia especial de luta das mulheres negras. A luta pela equidade salarial, contra o racismo, a violência, a intolerância religiosa e toda forma de opressão devem ser combatidos. As mulheres negras seguem firmes e conquistando, cada vez mais, espaços de poder e não deve dar nenhum passo para trás”, completa Suíca.