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Um dos principais atletas da ginástica brasileira, Arthur Nory, medalha de bronze no solo nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, terá que fazer uma nova cirurgia no ombro, que o deixará afastado das competiões por oito meses. No último sábado, o ginasta fez uma ressonância e, depois de conversar com o médico e com o técnico, decidiu passar pela intervenção cirúrgica.
Arthur Nory vem lutando com uma lesão no ombro direito desde antes dos Jogos Olímpicos do Rio, onde conquistou a medalha de bronze na prova de solo. Em dezembro de 2016, o ginasta passou por cirurgia para reparar o tendão supra espinhal do ombro direito para começar o ciclo olímpico para Tóquio/2020 “zerado”. Ficou cinco meses parado antes de voltar aos treinos este ano e, numa competição na Croácia antes do Mundial de Montreal, em outubro, acabou se machucando de novo.

– Numa competição na Croácia preparatória para o Mundial o Arthur estava fazendo um exercício na barra fixa e caiu em cima do ombro. Foi inesperado, ele teve um trauma e acabou tendo a mesma lesão – explicou Cristiano Albino, técnico do atleta.
A partir daí Nory, segundo o treinador, Nory passou a sentir muita dor. O resultado foi o atleta terminar o Mundial do Canadá sem disputar nenhuma final.
– Ele começou a treinar medicado. Claro que no Mundial ele não competiu nas melhores condições físicas, esteve sempre fazendo fisioterapia e tomando remédios para conseguir manter os treinamentos – disse o médico Breno Schor, que acompanha Nory.
Após analisar os exames feitos semana passada, o médico preferiu conversar antes com o técnico sobre a decisão de fazer uma nova artroscopia.

– Na segunda-feira sentei com o Arthur e expliquei que o doutor Breno havia sugerido uma nova operação. Ele foi para um canto ficar sozinho, chorou um pouco e depois entendeu que seria melhor operar agora, início de ciclo olímpico, para voltar a competir perto de setembro de 2018 e ainda tentar uma vaga na Seleção que vai disputar o Mundial do Catar, em outubro – emendou.
Bastante abalado, Nory procura manter-se otimista.
– Minha expectativa é que o pós-cirúrgico seja realizado com êxito e com bastante cuidado, pois o que eu mais quero é estar treinando e competindo. Se é preciso passar por mais uma cirurgia, vamos lá porque eu sei que é pro meu bem – afirmou
De acordo com o doutor Breno, o ginasta precisará de paciência após mais uma cirurgia:
– Depois da primeira cirurgia, ele voltou a treinar após cinco meses. Desta vez ele vai se recuperar por, no mínimo, seis meses, para voltar às competições depois de cerca de oito meses. Vamos ser ainda mais conservadores nesta recuperação desta vez’ – disse.
Todos os compromissos do atleta até o fim do ano, por enquanto, foram suspensos. Somente após ordem e alta médica, o atleta poserá retornar suas atividades.

Fonte: Globo Esporte

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