Ferramenta de inclusão e cidadania, o projeto Mais Grafite enche de cores o ambiente escolar. Nesta terça-feira (14), alunos do Colégio Estadual Dr. Ailton Andrade, no Lobato, bairro do subúrbio ferroviário de Salvador, participaram de oficinas e aprenderam sobre arte, história e educação. Uesli Caíque, 16 anos, descobriu no grafite uma forma de cuidar mais do ambiente escolar. “É muito legal, porque a gente se ajuda e juntos a gente consegue deixar as paredes mais bonitas e um clima mais legal”.
Promovido pela Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social do Estado (SJDHDS), o Mais Grafite integra o conjunto de ações do programa estadual Pacto Pela Vida, que prevê ações sociais como forma de redução dos índices de violência. O coordenador de políticas para a juventude da SJDHDS, Jabes Soares, explica a iniciativa. “O grafite é uma forma de arte com a qual que a juventude de se identifica muito e a ideia do projeto é utilizar essa ferramenta para ajudar no processo educacional desses jovens, que são de comunidades vulnerabilidade pela violência”.
As Oficinas de Grafite tem como objetivo sensibilizar os estudantes sobre a importância da ocupação e transformação estética do espaço público em que estão inseridos, através das técnicas da arte do grafite. O arte-educador Lee 27, um dos orientadores, acredita que o projeto ajuda a mudar a realidade dos jovens. “Durante as oficinas nos trabalhamos muito a questão da autoestima, para que eles descubram através do grafite o incentivo e a força para buscar seus objetivos”.
Sobre o projeto
O Mais Grafite surgiu da orientação do governador Rui Costa de utilizar a arte do Grafitti para marcar algumas das principais obras do governo do Estado da Bahia na cidade de Salvador. A primeira etapa já foi concluída, com o painel pintado no muro do Metrô, próximo à Estação Pirajá, que nos mostra através desta arte oriunda da periferia a evolução do Transporte Urbano na capital baiana. O artista responsável é o grafiteiro de Ilhéus Rildo Foge. Além do painel, estão sendo realizadas 13 oficinas em comunidades prioritárias do Programa Pacto Pela Vida, sempre em escolas da rede pública estadual.
SECOM