Moradores do bairro da Liberdade e do Curuzu, em Salvador, reclamam que estão desde o último domingo (29) sem abastecimento de água. Segundo eles, o problema ocorre com frequência e, mesmo acionando a Embasa, nenhuma solução foi encontrada.
O supervisor de segurança Roque Nunes, morador do Curuzu, diz que tem mais de uma semana sem água. “Nós ligamos várias vezes, eles [Embasa] dão protocolo e nada. Diz que vai chegar, que está regularizada a situação, mas não tem água”, afirma.
Na casa da administradora Patrícia da Silva, a pouca água que ainda resta vem do reservatório, que já está secando. Em uma folha de papel, ela anotou os protocolos das três reclamações feitas junto à Embasa nos últimos três dias, entretanto nada de água nas torneiras.
“Moramos eu, meu pai, minha mãe, minha irmã e minha sobrinha, uma criança de oito anos. O tanque da nossa suíte, por exemplo, não tem mais água. A gente pega balde para levar para o banheiro e usar”, conta.
Por conta da falta de água, uma padaria da região chegou a solicitar um caminhão pipa para abastecer os reservatórios, enquanto nas ruas é possível ver pessoas carregando baldes ou garrafões de água por todos os lados.
Uma dessas pessoas é o motoboy André Peixoto. “Subindo e descendo ladeira. E não teve nenhum anúncio dizendo que ia faltar água. Foi todo mundo pego de surpresa, todo mundo sem água. Tá uma dificuldade. Hoje mesmo eu não fui trabalhar. Estou aqui carregando água. Liguei para o patrão e avisei que não ia dar para trabalhar agora de manhã, porque tinha que resolver essa questão da água”, fala.
Em nota, a Embasa informou que, após a conclusão de uma manutenção na rede que abastece os bairros de Santa Mônica, IAPI, Pero Vaz e parte da Liberdade, incluindo o Curuzu, na noite do dia 31 de outubro, a retomada do abastecimento foi interrompido pela quebra inesperada de um equipamento da rede distribuidora. Ainda segundo a Embasa, técnicos do órgão estão trabalhando para restabelecer a distribuição de água na área.
Uma bica, que fica na Rua Coronel Tupi Caldas, no bairro do Guarani, tem sido a salvação dos moradores da Liberdade e do Curuzu. Quem pode, traz um carro para transportar vários baldes ou tonéis, mas quem não tem carro vai andando e ainda enfrenta uma fila para pegar a água na bica.
Fonte: G1-Bahia