O ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, decidiu desmembrar as investigações que envolvem o ex-ministro da Secretaria de Governo Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) e o irmão dele, o deputado federal Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA).
Pela decisão de Fachin, a apuração sobre os R$ 51 milhões encontrados em um apartamento em Salvador (BA), que envolve Geddel e Lúcio, permanecerá no Supremo. O irmão do ex-ministro tem direito ao chamado foro privilegiado.
Mas as suspeitas sobre desvios na Caixa Econômica Federal, que envolvem o período em que Geddel foi vice-presidente de Pessoa Jurídica do banco, foram remetidas à Justiça de Brasília.
A Procuradoria Geral da República já havia opinado pelo desmembramento, após a 10ª Vara Federal de Brasília remeter ao Supremo as investigações sobre os R$ 51 milhões.
R$ 51 milhões
Ao manter parte das investigações no STF, Fachin destacou que a cessão gratuita do apartamento em Salvador onde foram encontrados os R$ 51 milhões foi solicitada por Lúcio Vieira Lima, sob o pretexto de destinar o imóvel ao armazenamento de bens do pai dele, que já morreu.
Fachin, então, acrescentou que as suspeitas de lavagem de dinheiro devem ser investigadas pelo Supremo.
Nesta segunda, Lúcio Vieira Lima foi alvo de buscas na primeira operação pedida na gestão de Raquel Dodge à frente da Procuradoria Geral da República.
Nas investigações, foram encontradas as impressões digitais de Job Ribeiro, secretário parlamentar do deputado, em parte do dinheiro. Ribeiro também foi alvo de buscas.
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Fachin pediu que a PGR se manifeste em três dias sobre os pedidos de revogações das prisões de Geddel Vieira Lima e Gustavo Ferraz, presos no mês passado após a Polícia Federal encontrar as impressões digitais dos dois nos sacos plásticos que envolviam o dinheiro guardado em malas e em caixas.
Fonte: G1