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Quarenta casarões do Pelourinho, no Centro Histórico de Salvador, já ganharam nova pintura externa em 2017. A Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado (Conder), vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur), investe R$ 3 milhões anualmente para garantir a manutenção do patrimônio tombado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Além de recuperar as fachadas, a iniciativa – que faz parte do Plano de Reabilitação do Centro Antigo – também reformou telhados e promoveu outras melhorias em prédios que ajudam a contar a história da cidade.

“O Governo do Estado vem realizando uma série de ações, recuperando seu principal patrimônio, que são todos esses casarões. Nós fazemos também a parte de iluminação, recuperação das vias, passeios e acessibilidade, dando conforto ao turista e ao baiano que aqui frequenta”, explica o diretor do Centro Antigo de Salvador (Dircas/Conder), Maurício Mathias. “Esse é um trabalho constante. A gente espera até o final do ano, com a chegada do verão, concluir todos os casarões do Terreiro de Jesus, da Gregório de Matos, do Largo do Pelourinho e da Alfredo de Brito”, acrescenta.

No Largo do Pelourinho, a Casa de Jorge Amado recepciona turistas e soteropolitanos e convida os visitantes a mergulhar no universo de um dos autores mais importantes do país, dono de personagens como Tieta, Gabriela e Dona Flor. A fachada azul recebeu nova pintura e novas grades, enquanto o painel do artista plástico Carybé foi restaurado. O telhado também foi reformado.

“Nós somos uma instituição cultural sem fins lucrativos e, com a natureza de uma entidade dessas, é sempre difícil a manutenção. Por isso, é fundamental o poder público entender a nossa necessidade e nos apoiar com intervenções tão significativas”, afirma a diretora da Fundação Casa de Jorge Amado, Ângela Fraga.

Também no Largo do Pelourinho, a fachada em estilo rococó da centenária Igreja do Rosário dos Pretos está em processo de restauração e ganhará nova pintura. O prédio foi construído por escravos e membros da irmandade há mais de 300 anos. Na Rua Gregório de Matos, muitos casarões já tiveram as obras concluídas. O de número 22, que abriga a sede do Bloco Afro Olodum, um dos maiores representantes da música e da cultura afro-baiana, teve a pintura externa e o telhado recuperados.

Para o presidente do Olodum, João Jorge Rodrigues, preservar o Pelourinho é uma forma de aumentar a autoestima dos moradores da cidade e permitir que o passado ajude a falar do presente e a construir o futuro de Salvador. “Manter vivo e atual um patrimônio antigo é importante. A Casa do Olodum é um lugar emblemático e um dos mais visitados de Salvador. Agora ela vai receber o rei Osei Tutu [o rei dos Ashanti, da República de Gana], mas já recebeu grandes personalidades. A manutenção dela como patrimônio é fundamental para o Pelourinho, para a cidade de Salvador e para a Bahia”, defende João Jorge.

Repórter: Lina Magalí
SECOM

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