A ampliação no número de Centrais de Interpretação de Libras (Língua Brasileira de Sinais) foi defendida pelo deputado Angelo Almeida (PSB), em discurso no Plenário da Assembleia Legislativa, nesta terça-feira (26), data em que se comemora o Dia Nacional do Surdo. Na Bahia, as Centrais funcionam em Salvador, no Instituto Anísio Teixeira, e em Jequié, na sede da Associação de Surdos Centro Educacional Especializado de Jequié (ASCEEJE).
O socialista, que é presidente da Frente Parlamentar em Defesa de Direitos e de Políticas Públicas para Pessoas com Deficiência da Bahia, destacou que as Centrais são muito importantes por que através do serviço de tradução e interpretação em libras pessoas surdas ou com deficiência auditiva têm acesso aos órgãos e serviços públicos. “A população surda pode utilizar as centrais para solicitar a emissão de documentos e cadastramento nos programas sociais”, exemplificou.
O deputado também lembrou o papel da disseminação da Libras como porta de acesso das pessoas surdas à comunicação. “No início deste mês protocolamos, nesta Casa, uma moção de congratulação e aplausos pelos sete anos da Lei nº 12.319 que regulamentou a profissão de tradutor e intérprete de libras”, afirmou Angelo Almeida, ao reforçar que a libras é a segunda língua oficial no País.
No Brasil existem mais de 9 milhões de pessoas com deficiência auditiva, de acordo com o Censo de 2010 realizado pelo Intituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Cerca de um milhão são jovens de até 19 anos e mais de 2 milhões apresentam deficiência auditiva severa, situação em que há uma perda entre 70 e 90 decibéis.