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O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu mais 60 dias para a Polícia Federal (PF) concluir as investigações sobre o envolvimento do senador Aécio Neves (PSDB-MG) em supostas irregularidades cometidas em Furnas, subsidiária da Eletrobras em Minas Gerais que gera energia elétrica.
A investigação sobre o parlamentar tucano é um desdobramento da Operação Lava Jato. Aécio é suspeito de ter recebido propinas, por intermédio do ex-diretor de Furnas Dimas Toledo a partir de dinheiro desviado em contratos com empresas terceirizadas.
Em sua delação premiada, o senador cassado Delcídio do Amaral (sem partido-MS) contou ao Ministério Público que Aécio foi beneficiário de um “grande esquema de corrupção” na estatal Furnas.
Esse esquema, segundo Delcício, era operacionalizado por Dimas Toledo, ex-diretor de Engenharia da empresa que teria “vínculo muito forte” com Aécio.
 
A Polícia Federal apura a suposta prática de corrupção e lavagem de dinheiro a partir de desvios da estatal mineira, uma das maiores subsidiárias na Eletrobras na produção de energia.
No despacho em que autorizou a prorrogação do inquérito, Gilmar Mendes afirmou que o regimento interno do STF permite que os ministros da Corte concedam mais prazo aos investigadores quando solicitado e devidamente fundamentado pela autoridade policial ou pelo procurador-geral da República desde que apontadas as diligências que faltam ser concluídas.
 
“Defiro a prorrogação do prazo para a conclusão das investigações por sessenta dias”, escreveu o relator do inquérito no Supremo.
Em março, quando Janot pediu autorização ao STF para ouvir Aécio sobre o caso, a assessoria do senador do PSDB afirmou, em nota, que ele é o “maior interessado” na apuração dos fatos porque, na avaliação dos assessores, o aprofundamento mostrará a correção dos atos do senador.
Fonte: G1

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