Todos os trechos de orla marítima requalificados pela Prefeitura desde 2013 são alvo de uma série de estudos, iniciada pela administração municipal nesta sexta-feira (7). A medida resultará em ações pontuais, com vistas a proporcionar mais conforto e segurança para baianos e turistas. Representantes de sete órgãos municipais participaram de vistoria técnica, empreendida pelo secretário de Cultura e Turismo (Secult), Cláudio Tinoco, entre o Farol da Barra e o Rio Vermelho. Até o final de julho, toda a costa da capital baiana será percorrida pelo grupo e as principais demandas verificadas em cada local serão reunidas em um relatório.
Participaram da atividade os secretários da Cidade Sustentável (Secis), André Fraga; de Manutenção (Seman), Marcílio Bastos; de Ordem Pública (Semop), Marcus Vinícius Passos; além da presidente da Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF), Tânia Scofield. Também estiveram presentes representantes das secretarias de Trabalho, Esportes e Lazer (Semtel) e de Desenvolvimento e Urbanismo (Sedur).
Os gestores assumiram a missão de trabalhar com um planejamento integrado de atenção à orla de Salvador. A ação consiste em um trabalho conjunto entre os órgãos com interesse direto na conservação, recuperação e exploração dos locais. “No âmbito do turismo, tanto na orla atlântica como na região da Baía de Todos os Santos, temos um grande atrativo para os visitantes, de modo que possamos estimular ainda mais pessoas a conhecerem Salvador. Por isso, estes locais precisam estar bem cuidados, com a manutenção em dia, visto que a Prefeitura tem investido bastante na requalificação destes trechos”, detalha Tinoco.
Primeiras impressões – À primeira vista, os gestores presentes à vistoria destacaram os primeiros aspectos a serem ajustados na região do Farol da Barra. O local possui um fluxo constante de turistas durante todo o ano mas, devido à localização do forte de Santo Antônio da Barra (o Farol), ainda oferece certo risco natural, por se tratar de um local íngreme. Alheios a isso, turistas e soteropolitanos seguem utilizando as beiradas para tirar fotografias, namorar e aproveitar o pôr do sol. Uma solução aventada pelos presentes foi a de construir um deque de observação em direção ao mar, dentre outras propostas na área de segurança.
“É possível promover ainda mais a valorização de diversas áreas somente no entorno do Farol. Claro que tudo precisa ser devidamente alinhado com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), por se tratar de monumento tombado. Há necessidade da implantação de guarda-corpos, além de itens de acessibilidade para pessoas com mobilidade reduzida. Hoje cadeirantes, carrinhos de bebês e idosos têm dificuldade de se locomover na parte traseira do forte, que tem uma vista belíssima e deveria estar acessível a todos. Também estudamos a distribuição de quiosques ao longo da orla, de forma que não impactem de forma negativa na beleza natural do local”, enumera a presidente da Fundação Mário Leal Ferreira.
As vistorias acontecem até o próximo dia 20. Em seguida, o material catalogado segue para aprovação do prefeito ACM Neto que, após analisar as solicitações, dará início aos trâmites necessários para o início imediato das ações de ajuste.