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No período das festas de São João e São Pedro, os cuidados com os fogos de artifício e os riscos de queimaduras são assuntos que devem ser sempre debatidos. Qualquer pessoa que utilizar fogos está suscetível a queimaduras, se não o fizer com os devidos cuidados. Com os acidentes, surgem as dúvidas de como agir nessa situação.
De acordo com o coordenador médico do Samu, Antônio Carlos Fernandes, além de provocar queimaduras e mutilações, os fogos e explosivos podem deixar outras sequelas graves e irreversíveis, como perda de tecidos, membros e até mesmo a própria vida. O médico explica que cada tipo de queimadura requer um cuidado específico, a depender do agente causador, da extensão e da profundidade dos ferimentos. Para tanto, ele avisa que, quando acontecer um acidente, não deve ser realizado qualquer procedimento por familiares e amigos.
“Não devemos colocar nada no local queimado. As pessoas que costumam colocar manteiga, pasta de dente ou pomada existente em casa devem saber que isso só pode prejudicar o acidentado em questão. Outra coisa que deve ser evitada é a aplicação de gelo, pois pode dificultar a circulação do sangue. O máximo que a pessoa pode fazer é colocar a ferida em uma água corrente e levar para um posto médico ou ligar para o número 192, para mais orientações. Quanto menos manipular a região queimada antes de levar ao serviço médico, melhor”, disse.
Quem necessitar de atendimentos de urgência e emergência 24h durante o feriadão poderá procurar as unidades da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Realizam esse serviço as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Valéria, Adroaldo Albergaria (Periperi), Pirajá, San Martin, Vale dos Barris, Brotas, Hélio Machado (Itapuã), Paripe e São Cristóvão, além dos Pronto Atendimentos (PAs) São Marcos, Alfredo Bureau (Marback), Edson Teixeira (Arenoso), Maria Conceição Santiago Imbassahy (Pau Miúdo) e Rodrigo Argolo (Tancredo Neves). A Central do Samu estará em esquema de plantão todos os dias, inclusive dando apoio ao São João do Pelourinho.
Cuidado com as crianças – Segundo Fernandes, as crianças são as mais atingidas nesse período pelos problemas causados por queimaduras. “As crianças tendem a se interessar mais pelos fogos e ficam próximas deles ou manuseiam sem qualquer tipo de supervisão. Essa falta de acompanhamento acaba resultando em alguns acidentes. Outra situação recorrente é o transporte dessas ‘bombinhas’ nos bolsos. Se uma faísca cair perto da caixa pode estourar todas e, consequentemente, queimar a criança”, completa.
Problemas respiratórios – O coordenador da Samu avisa que a fumaça lançada pelos fogos pode ser um problema à saúde de todos, provocando quadros de asma e grave estado de intoxicação. A fumaça é irritante para os olhos, nariz e garganta, e o cheiro pode provocar enjoos.
“Esses gases podem obstruir as vias áreas e, consequentemente, provocar falta de ar. Se começou a tossir, é preciso ligar o sinal amarelo e se afastar do local onde estão sendo produzidos os gases. Pessoas com problemas respiratórios, idosos e crianças tendem a ter uma sensibilidade maior”, alerta.

 

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