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Os mercados municipais são opções de referência para os soteropolitanos que desejam preços acessíveis nos produtos juninos, como coco seco, laranja, amendoim e milho verde. Mas, além de ofertar itens in natura e de procedência confiável, alguns estabelecimentos se preparam para estender o horário de funcionamento a partir da metade deste mês.
O Mercado Municipal de Cajazeiras, o Núcleo de Abastecimento, Comércio e Serviços (Nacs) Itapuã e o Mercado Municipal de Periperi estarão autorizados a prolongar o horário de funcionamento por mais duas horas. Normalmente, esses estabelecimentos funcionam de 6h até 18h. A partir do dia 15, poderão ficar abertos até 20h, a depender da demanda.
O período pré-São João costuma ser um dos mais aguardados no ano pelos ambulantes, devido ao aumento das vendas. “O número de consumidores dentro dos mercados chega a dobrar”, afirma o gestor de mercados da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop), Carlos Augusto Souza.
Para atender melhor à população, um acordo provisório entre a Semop e as associações ligadas aos mercados Modelo, Periperi e Nacs dará direito para permissionários montarem ambientes especiais nos estacionamentos.
Em Periperi haverá banda de forró e feirinha; no espaço de capoeira no Mercado Modelo terá barraquinhas com guloseimas típicas da estação, como bolo de aipim e canjica. Em Cajazeiras, os vendedores já receberam autorização para montar uma feira com produtos juninos até o dia 30. Com isso, quem trabalha no local pode montar uma estrutura além dos boxes que utilizam, no estacionamento.
Vendas – A feirante Jessica Silva, 25 anos, comemora os efeitos do período junino. “Essa época a gente vende muitas comidas típicas. Em dias normais, tiramos R$ 40, R$ 30. Nos últimos dez dias, a gente está conseguindo fazer, por dia, R$ 80, R$ 100, o que é um número muito bom, levando em conta o atual quadro financeiro do Brasil”, disse a comerciante.
Sandra Damasceno, fiscal do mercado, avalia que uma das causas para o crescimento da movimentação se dá pelo saque das contas inativas do FGTS. “É um momento que, inevitavelmente, existe uma procura grande pela tradição que já existe, mas acredito que a liberação do recurso também ajudou a aumentar o poder de compra dos consumidores”, ponderou.
Feirante há 36 anos, Hermes Severo, 41, avisa que para vender é preciso ter produtos no estoque e de qualidade. “Quem tem uma mercadoria boa e em grande quantidade consegue vender muito. No final do mês, dá para tirar um dinheiro muito bom. Esse é um dos períodos mais esperados aqui em Salvador e ninguém quer ficar de fora da festa, principalmente ao que se refere a comer”, disse.

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