A defesa do senador Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou neste sábado (27), por meio de nota, que o bloqueador de celular encontrado pela Polícia Federal (PF) no apartamento do tucano no Rio nunca foi usado. Segundo o criminalista, o parlamentar de Minas ganhou o equipamento durante a campanha presidencial de 2014 por conta de suspeitas de que a campanha estava sendo alvo de espionagem (leia a íntegra do comunicado ao final desta reportagem).
No último dia 18, a PF deflagrou a Operação Patmos, na qual cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados a Aécio, entre os quais um apartamento localizado na avenida Vieira Souto, em Ipanema, onde foi encontrado, entre outros objetos, o bloqueador de celular.
“Ele [bloqueador de celular] foi oferecido ao senador ainda na campanha presidencial de 2014, quando suspeitava-se de que conversas da sua equipe poderiam estar sendo gravadas. Porém, o aparelho jamais foi utilizado pelo senador”, afirma Alberto Toron.
A Operação Patmos se baseou em informações repassadas pelos empresários Joesley e Wesley Batista em seus acordos de delação premiada com a Lava Jato. As denúncias dos donos do frigorífico JBS motivaram o afastamento de Aécio do Senado por ordem do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Fonte: G1