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Sessenta e cinco profissionais das Unidades de Acolhimento Institucional, dos Centros Pop e do Serviço Especializado de Abordagem Social da Secretaria Municipal de Promoção Social e Combate à Pobreza (Semps) estão sendo capacitados em oficinas sobre práticas e redução de danos. A capacitação teve início nesta terça (23), no auditório da secretaria, e será finalizada nesta quarta-feira (24). Uma nova turma está prevista para a realização das atividades nos dias 5 e 7 de julho.
A ação faz parte da Política Nacional de Educação Permanente na Assistência Social, tendo em vista a promoção, qualificação e articulação das redes do Sistema Único de Saúde (SUS) e Sistema Único de Assistência Social (SUAS) de atenção aos usuários. Durante as atividades, são discutidos, por exemplo, casos clínicos da população de rua e a socioantropologia do consumo de substâncias psicoativas.
Segundo a diretora de Proteção Social e Especial da Semps, Juliana Portela, o município tem identificado novos desafios e perfis da população de rua de Salvador, o que exige apoio e qualificação diferenciada aos educadores sociais para lidar com os diversos públicos dentro das unidades de gestão e acolhimento. “Com a crise econômica, temos muitos migrantes de pequenas cidades, muitas famílias que não conseguem pagar o aluguel e manter a estrutura familiar, idosos abandonados e egressos do sistema carcerário”, diz.
Portela acrescenta que a capacitação trabalha com um ponto crucial, que é a redução de danos em relação ao uso de substância psicoativa. “É muito importante trabalhar com esse tema porque cerca de 70% da população de rua faz uso desses tipos de substâncias. As nossas equipes precisam saber lidar com a situação porque, senão, a pessoa acolhida vai evadir das nossas unidades, e não queremos isso. O nosso propósito é transformar vidas”, afirma.
Cerca de 130 profissionais, 65 a cada turma, participam da atividade. A capacitação é resultado da parceria da Semps com a Aliança de Redução de Danos do Departamento de Saúde da Família da Faculdade de Medicina (FMB) da Universidade Federal da Bahia (UFBA). “O intuito é mobilizar esses jovens que trabalham com pessoas em situação de vulnerabilidade social para que eles possam entender mais sobre o consumo de drogas e os tipos de consumidores”, explica a técnica da Aliança de Prevenção de Redução de Danos, Fátima Cavalcanti.

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