A Prefeitura de Salvador está retomando a realização dos “faxinaços” por toda a cidade com o objetivo de eliminar focos e criadouros do Aedes aegypti. Nesta quinta-feira (04) os mutirões de limpeza acontecem nos bairros São Tomé de Paripe e Tubarão, quando serão percorridas as ruas Fluminense, Juruna, São José, Santa Filomena, Benjamim de Souza, além da Travessa Santa Filomena e a Ladeira de Pedra.
Durante a mobilização, que acontece até às 15 horas, os agentes de endemias da Secretaria Municipal da Saúde, em parceria com a Limpurb, realizarão visitas casa a casa, além de trabalhos de manejo ambiental, limpeza, remoção e descarte de lixo ou quaisquer outros materiais que possam se tornar criadouros, palitação de material reciclável, vistoria de depósitos elevados (como caixas d’água e calhas) e distribuição de material educativo. As equipes de trabalho também visitarão imóveis fechados e abandonados. Os moradores das localidades trabalhadas devem colaborar com a iniciativa descartando entulhos e materiais inservíveis que podem ser colocados em frentes as suas casas para recolhimento.
“O objetivo é reduzir rapidamente o índice de infestação das áreas críticas da cidade e evitar o aumento das ocorrências das doenças transmitidas pelos vetores. Por isso retomamos os mutirões de limpeza, onde conseguimos executar em um curto espaço de tempo o trabalho de identificação e eliminação dos criadouros nos bairros com maior vulnerabilidade para a proliferação dos mosquitos”, esclareceu doutora Isabel Guimarães, coordenadora de Vigilância à Saúde do município.
Os faxinaços acontecerão em outros bairros da cidade considerados como prioritários.
Dados – Os primeiros meses de 2017 têm apresentado uma queda acentuada no número de casos confirmados de dengue, zika vírus e chikungunya em Salvador. Os dados apontam para a eficácia das estratégias aplicadas pelo município no controle da infestação pelo mosquito Aedes aegypti – que também é responsável pela transmissão do vírus da febre amarela, embora até agora só haja registros em micos e macacos – nos 12 distritos sanitários da capital baiana.
Entre janeiro e abril deste ano, 116 casos de dengue foram confirmados. O número é cinco vezes menor que o do primeiro quadrimestre de 2016, quando 626 pessoas tiveram diagnóstico positivo. Em relação à chikungunya, o registro foi sete vezes menor, com 11 infectados até abril contra 79 no ano anterior. Já o número de pacientes com zika vírus chegou a 15 – menos da metade do que foi computado em 2016, quando 32 pessoas apresentaram sintomas da doença nos meses de janeiro a abril.