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O deputado federal Jorge Solla (PT-BA) apresentou, nesta quarta-feira (29), um Requerimento de Informação junto ao Ministério da Saúde cobrando dados atualizados sobre a fabricação e distribuição de vacinas contra a febre amarela. Em pronunciamento, o parlamentar criticou a incapacidade do ministério em conter o surto da doença, já que casos de contaminação foram confirmados no Rio de Janeiro e, agora, em Salvador, portanto distantes da região que concentra a maioria dos registros, no norte de Minas Gerais.

“Na cidade do Rio de Janeiro também houve um caso e o governo de lá iniciou sábado um esquema de vacinação em massa com 233 postos pela cidade, mas vai ter que parar de vacinar amanhã porque o ministério não mandou vacinas suficientes e disse que só enviará daqui a dez dias. Infelizmente, o ministério da saúde não tem estoque suficiente para vacinar a população do Rio de Janeiro, nem a de Salvador”, alertou o petista. No Requerimento, Solla solicitou informações sobre a capacidade instalada de produção de vacinas, investimentos realizados para ampliar esta capacidade, o volume de estoque estratégico de doses e alternativas de aquisição emergencial de laboratórios estrangeiros.

“Lá atrás alertamos que apesar de ser uma doença grave, com alto grau de letalidade, por ter uma vacina eficiente torna-se controlável, desde que haja a ação rápida e efetiva. A vacinação em massa na região dos primeiros casos, em Minas Gerais, e na faixa logo seguinte, para formar um bloqueio ao vírus, era para ter sido feita imediatamente; bem como a aquisição de um grande estoque de vacinas, para isolar casos que viessem ocorrer fora dessa região”, detalhou o petista.

Em pronunciamento no plenário da Câmara, o deputado frisou a necessidade de ampliação do orçamento na Saúde para a garantia da capacidade do SUS de reagir a crises epidemiológicas como esta. “A situação é preocupante e o ministério da Saúde vai na contramão, tem reduzido investimentos e tem anunciado que vai acabar com as PDP’s (Parcerias de Desenvolvimento Produtivo), que permitiram que a gente tivesse a ampliação da produção de diversas vacinas”, disse.

Até o dia 29 de março, a epidemia de febre amarela no Brasil já havia causado o óbito de 124 pessoas em Minas Gerais, 33 no Espírito Santo, 4 em São Paulo, 4 no Paraná e 1 no Rio.

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