“O futebol feminino na Bahia tem voz e alma”. Com este mote, a necessidade de efetivar políticas públicas de esporte e lazer para mulheres foi debatida durante a audiência pública ‘É coisa de mulher também’. O ato ocorreu na manhã desta quarta-feira (22), na Assembleia Legislativa, promovido pela Comissão de Desporto, Paradesporto e Lazer e pela Comissão dos Direitos da Mulher.
“Discutir o papel feminino no esporte é fundamental, sobretudo neste tempo de retrocessos que nosso país tem vivido. Hoje, a mulher brilha em todas as categorias que participa, do futebol ao MMA. Contudo, ainda há muito para conquistarmos na luta por equidade”, disse a deputada Luiza Maia (PT), presidente do colegiado dos Direitos da Mulher.
Já o deputado Bobô (PCdoB), que preside o colegiado ligado ao esporte, chamou a atenção para o esforço que governos e entidades representativas precisam fazer para atender às demandas, não só no futebol feminino.
*Boleiras empoderadas*
“Estamos aqui para quebrar o convencional, o tradicional dentro do esporte”, pontuou Andrea Marques, presidente da Comissão da Mulher Advogada da OAB e do time de futebol feminino da entidade, o “Oxente Futebol Clube”. Empoderamento reverberado pela diretora técnica da Federação Baiana de Futebol (FBF),Taíse Galvão: “A imprensa é importantíssima para a dar visibilidade ao brilho das nossas meninas baianas no futebol. Elas dão um show de bola em campo”.
Taíse explicou ainda que a FBF está investindo na regularização de times, para ampliar as participações no Baianão. “O futebol feminino vem crescendo e queremos que aumente, não só na Região Metropolitana, mas também no interior. Temos realizado também avaliações técnicas em cidades do interior e as meninas são excelentes jogadoras”, afirmou.
Representando ‘As Pioneiras do Futebol Feminino do Estado da Bahia’, entidade composta por atletas veteranas, a treinadora do Camaçari F7, Dilma Mendes, declarou que a Bahia e o Brasil precisam “analisar os erros que cometem com o futebol feminino”. “Na verdade, a gente precisa refazer a lição. Queremos o direito de ter Arena feminina e reconhecimento, não só quando saímos do país”, ponderou.