No meio do público, uns reclamavam da falta de representatividade da loira por não ter “a cara” da Timbalada, outros protestavam pelo fato de ela ser branca e havia aqueles que a consideraram um cantora ruim.
De acordo com os organizadores do protesto desta tarde, a intenção é reivindicar melhorias na banda e criticar as acusações de racismo às avessas direcionadas aos fãs que contestam a cantora. “O ponto principal do nosso manifesto é contra a descaracterização da banda. Já chegamos a ter mais de 40 percussionistas no bloco e no último show do dia 4 só tinham 2”, afirmou Elisa Bastos, 37 anos, uma das fãs da banda.
O representante comercial Diego Souza, 36 anos, diz acompanhar há 15 anos a banda. “A Timbalada precisa se modificar porque parece que ela tem perdido as raízes. Tem agora essa polêmica com a cantora e acho que ela é uma boa, mas ainda não se identificou com a banda”, opinou.
Presente no ensaio deste domingo, o contador Almiro Neto comprou ingressos a R$ 100, mas disse ter visto cambistas vendendo a R$ 80 na frente do Museu du Ritmo. Para ele, a crítica dos fãs é válida, desde que construtiva. “Eu acho importante pegar alguém que já seja moldado para a banda, mas a atual situação é de falta de respeito com a Timbalada. É importante criticar, mas tem de ser uma crítica construtiva”, afirmou.
Diferente dos ensaios anteriores, esse não teve ingressos esgotados e os bilhetes ainda estão à venda no local. Ainda de acordo com o público presente no protesto, uma lista de mais de mil convidados foi confeccionada pela produção de modo que o evento não ficasse vazio depois de tantas polêmicas.
*Com informações da repórter Juliana Montanha
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