A delação do ex-vice-presidente da Odebrecht, Cláudio Melo Filho, criou um rebuliço em Brasília. Embora tenha uma vasta lista de agentes políticos que teriam recebido dinheiro para ‘caixa dois eleitoral’, o site O Antagonista, cravou na manhã deste sábado (10), que um dos que devem estar mais preocupados é o ex-governador da Bahia e atual coordenador do Conselho Estadual de Desenvolvimento Econômico da Bahia, Jaques Wagner.
De acordo com os jornalistas daquele site, Cláudio Melo não cuidava das obras da Odebrecht e, portanto, seu relato às autoridades é mais ligado ao pagamento de “caixa dois”. Os pagamentos da empreiteira, no caso de Wagner, sempre correspondem a contrapartidas do Estado, conforme O Antagonista, que continua: primeiramente, na Bahia; em seguida, no ministério de Dilma.
Wagner, por outro lado, sempre externou que não está preocupado com a Lava Jato e, em todas as oportunidades nas quais foi questionado sobre a sua participação em algum “esquema de corrupção” afirmou que não existia esta possibilidade. Tanto é que não aceitou um cargo no secretariado do governador Rui Costa. Neste sentido, não tem foro privilegiado e, caso seja denunciado, seu processo correrá em Curitiba, sob os cuidados do juiz federal Sérgio Moro.